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Se você já se pegou encarando uma página em branco, sem saber por onde começar, saiba que isso é mais comum do que imagina.

A verdade é que, sem ideias, não existe escrita criativa. Entender como cultivar boas ideias pode transformar completamente a sua forma de escrever.

A base da escrita criativa é justamente a capacidade de gerar, testar e desenvolver ideias únicas, transformar algo abstrato em uma narrativa plausível e envolvente.

Mas por onde começar?

Por que é tão fácil pensar na ideia central do livro, mas tão difícil desenvolvê-la por completo?

Porque, na maioria das vezes, você não está inspirado da maneira certa.

Para fabricarmos ideias, utilizamos o lado esquerdo do cérebro — o responsável pela criatividade. A nossa criatividade funciona como um potinho: primeiro precisamos preenchê-lo, para depois deixá-lo transbordar.

Ou seja, antes de escrever, você precisa encher seu potinho de criatividade com inspirações e repertório. Tudo o que você precisa fazer é buscar referências que estejam alinhadas com o tipo de história que deseja contar.

Um livro exige muito da nossa imaginação. E, para isso, precisamos ler mais livros, assistir a filmes, séries e animações, conversar com pessoas, visitar lugares e até viajar. Tudo isso faz parte da construção do seu repertório criativo.

E ainda falando sobre repertório…

Se você não vivenciar certas experiências, dificilmente vai conseguir reunir material suficiente para enriquecer a sua escrita.

Por exemplo:

Se você quer escrever um livro de fantasia, precisa consumir fantasia — assistir, ler, analisar obras do gênero. Assim, você entenderá como funcionam os sistemas de magia, a criação de mundos e os arquétipos que compõem esse universo.

Agora, se pretende escrever um livro histórico, precisa estudar história, compreender contextos sociais e culturais de diferentes épocas.

Existem diversos tipos de repertório:

  • Repertório artístico: formado por obras como músicas, filmes, livros, peças de teatro, entre outros.
  • Repertório linguístico: que é o conjunto de palavras, expressões e estruturas gramaticais que você domina. Ele se desenvolve por meio da leitura, conversas, filmes e o contato com diferentes formas de linguagem.
  • Repertório figurativo: o acúmulo de conhecimentos culturais e experiências de vida adquiridos ao longo do tempo.

Ao ampliar esses repertórios por meio de leituras, cursos, palestras, experiências e estudos, você vai perceber que as ideias surgem com muito mais facilidade, sem precisar forçar a inspiração.

Assim, o início da escrita do seu livro se torna mais natural, fluido e prazeroso.


Onde nascem as boas ideias?

A inspiração literária não vem do nada, ela é o resultado de um conjunto de atitudes e hábitos criativos.

A seguir, compartilho ações práticas e reflexões que ajudam a desbloquear a criatividade e manter o fluxo criativo aceso, mesmo nos dias mais difíceis

1. Escolha o gênero que mais conecta com você

Romance, terror, poesia, fantasia… o importante é escrever sobre o que te move e sobre o que você tem repertório suficiente para explorar. Quando você escreve dentro de um gênero que realmente gosta, as ideias surgem com mais naturalidade e profundidade.

2. Teste ideias sem medo de errar

Nem toda ideia precisa se transformar em um livro completo — e tudo bem!

Permita-se experimentar, escrever livremente e sem cobranças, mesmo antes de começar oficialmente a sua obra.

Em breve, vou compartilhar mais sobre como escrever cenas separadas antes de montar o enredo completo, uma técnica poderosa para destravar a escrita e encontrar a voz da história.

3. Confie na sua intuição narrativa

Essa é a sua voz interna, que guia o caminho da trama. Ela aparece principalmente quando você escreve com frequência, dedicando pelo menos uma hora do dia à escrita.

Durante esse processo, a mente criativa entra em estado de fluxo, e é aí que você se vê imerso na cena, imaginando cada detalhe, cada emoção, cada palavra.

4. Observe as pessoas

A observação é uma das ferramentas mais ricas de um escritor. Preste atenção em gestos, expressões e contradições humanas, tanto na vida real quanto nas telas.

Assistir a filmes e séries com olhar analítico, percebendo como os atores expressam emoções, pode te ajudar a construir personagens mais vivos e realistas.

Observar o cotidiano, as reações e os comportamentos das pessoas é uma mina de ouro para quem escreve.

5. Narração ou diálogo?

Decidir entre narrar ou dialogar é uma escolha estratégica. Em alguns momentos, a narração comunica melhor a atmosfera da cena. Em outros, o diálogo é mais eficaz para transmitir emoção e dinamismo. Alternar entre esses dois recursos torna o texto mais envolvente e fluido.


Monte o seu moodboard

Se você sente que está sem ideias para começar uma nova história, pare de olhar para a tela em branco e olhe para o mundo — real ou imaginado.

Uma das formas mais eficazes de alimentar a criatividade literária é mergulhar em narrativas: filmes, séries, quadrinhos e livros de gêneros diferentes do seu.

Ao assistir ou ler com atenção, você aprende sobre estruturas, temas e personagens, além de descobrir o que te emociona, intriga e prende, e tudo isso se transforma em combustível para a sua própria escrita.

Dica prática: crie um moodboard da sua história

Aplicativos como Pinterest e Artbreeder (ou outros apps de imagem) são excelentes fontes de inspiração visual.

Crie pastas temáticas para personagens, cenários ou emoções — às vezes, uma única imagem pode inspirar uma cena inteira.

Monte um painel de humor (moodboard) com imagens, frases, cores e músicas que reflitam o universo do seu livro.

Isso ajuda a manter o tom e o clima do projeto literário sempre vivos.


Teste ideias dentro da sua história

Escrever não é prever. Escrever é testar. Você não precisa saber exatamente tudo o que vai acontecer na sua narrativa antes de começar.

Uma ótima estratégia para destravar a escrita é experimentar diferentes possibilidades dentro da história e permitir que ela mude conforme você avança.

  • E se o personagem que seria o vilão se tornasse um aliado?
  • E se a narrativa fosse contada do ponto de vista do antagonista?
  • E se a história começasse pelo final?

Esses testes não são desperdícios — eles fazem parte do processo criativo.

Muitas vezes, uma ideia só revela o seu verdadeiro potencial quando colocada em prática.

Ao experimentar, você descobre novas camadas do enredo, entende melhor seus personagens e ganha liberdade para escrever com mais intensidade.

Lembre-se: o seu primeiro rascunho não precisa ser bom.

Ele só precisa existir.


Guarde as cenas que você imagina

Algo que eu sempre costumo fazer: antes mesmo de começar a planejar o enredo, eu crio cenas soltas.

Eu costumo planejar meus livros capítulo por capítulo — e no próximo post, irei compartilhar como faço isso, passo a passo —, mas até antes mesmo de inventar o nome da minha história, eu gosto de escrever cenas avulsas.

Às vezes, são apenas pequenos trechos, com poucas linhas e sem nenhum contexto definido. Mas são cenas que vem da minha imaginação, que me tocaram de alguma forma e , por isso, eu preciso guardar para não esquecer.

Como a minha imaginação é muito fluida, gosto de registrar tudo assim que a ideia surge. Penso na cena, escrevo o que imaginei e guardo em uma pasta (geralmente crio uma pasta com o nome do livro no meu Drive), e lá vou salvando documentos de texto com cada cena separada e renomeada.

Mesmo que as cenas aconteçam em momentos diferentes da história, ou que pareçam totalmente desconexas, eu sei que posso usá-las em algum momento. São cenas que nasceram de uma imersão profunda na minha imaginação e que me deram a satisfação de criar eimaginar o contexto.

Pode ser uma descrição de uma paisagem, um diálogo intenso entre personagens, ou até uma situação que me emocionei imaginando.

Quando a cena é boa na minha cabeça, eu desfruto dela como se estivesse assistindo a um filme ou lendo um livro. E é por isso que eu guardo essas cenas, porque não quero perder essa sensação.

Muitas vezes, também anoto cenas inspiradas em sonhos. Alguns dos meus sonhos já se transformaram em partes inteiras de livros. Como escrevo de forma um pouco lúdica e subjetiva, gosto de aproveitar essa ponte entre o inconsciente e a escrita. Então, assim que acordo e me lembro do sonho, anoto imediatamente, antes que ele desapareça da memória.

Por isso, deixo aqui uma dica: todas as vezes que você imaginar uma cena, mesmo sem pretensão de escrever uma história agora, guarde-a. Ela pode se tornar uma peça importante da sua futura narrativa. E o melhoré que quando esse momento chegar, você vai perceber que cada uma dessas pequenas ideias tinha um propósito esperando para se revelar.


Criatividade é treino, não mágica

Muitos escritores iniciantes acreditam que é preciso talento para escrever bem.

Sim, o talento é importante, mas a verdade é que, muitas vezes, a disciplina supera o talento.

Pessoas talentosas não nascem prontas. Elas se tornam talentosas porque são disciplinadas, porque praticam, erram, tentam de novo.

A combinação entre disciplina e talento é o que traz à luz os grandes projetos — é o que transforma uma boa ideia em algo real.

Quando não temos dons naturais, precisamos nos apoiar na disciplina, porque ela é fundamental. Criar uma rotina criativa livre de autocrítica, principalmente no início do processo, é essencial para que as ideias fluam. É preciso reduzir o perfeccionismo, manter o foco e acompanhar a própria produtividade, essas são as estratégias que fazem diferença a longo prazo.

A consistência constrói confiança, e é essa confiança que sustenta a liberdade criativa.


Provocar emoções é a alma da escrita criativa

Uma boa escrita é aquela que faz as pessoas sentirem emoções. Aprender a provocar emoções com palavras é uma habilidade essencial.

Use descrições específicas, explore os detalhes sensoriais e não tenha medo de falar verdades nas suas histórias, mesmo que sejam desconfortáveis. É isso que cria uma conexão genuína com o leitor.

Além disso, aprenda a criar tensão narrativa, a experimentar diferentes pontos de vista e a compreender o papel de cada cena, seja ela focada em personagem, ação ou diálogo.

Quando você entende a engrenagem da sua história, fica mais fácil manter o leitor engajado do início ao fim.


Não tente agradar a todos

Um dos maiores bloqueios criativos surge quando o escritor tenta escrever algo aceitável para todo mundo. Isso é impossível e desnecessário.

Escreva o que você acredita. Escreva o que te move.

A sua autenticidade é o que torna a sua obra memorável. Quando você tenta se moldar apenas ao que é comercial, corre o risco de apagar a essência da sua história.

Isso não significa que o mercado comercial seja ruim, ele é importante. Existem editores e preparadores justamente para lapidar o seu livro e torná-lo mais atrativo para o público. Mas isso não quer dizer que você precise se encaixar em um gênero que não gosta apenas porque ele está vendendo mais.

Se você escreve fantasia, e o mercado atual não está favorável ao gênero, não pare de escrever fantasia. Escreva o que você ama. Porque a paixão é o combustível da boa escrita.


Confie no seu processo

A escrita não é feita apenas de técnica, ela também nasce da sensibilidade. Confiar na sua intuição ao criar personagens, reviravoltas e emoções é parte essencial do processo criativo.

Outra dica poderosa: observe as pessoas como um escritor.

Repare nos gestos, nos silêncios, nas motivações. A inspiração está em todos os lugares, principalmente nas entrelinhas do cotidiano.


A escrita começa com uma decisão

Ideias não aparecem do nada, elas são provocadas. E você pode provocá-las todos os dias, simplesmente ao observar mais, testar mais e escrever mais.

Escrever é acreditar.

No fim das contas, escrever é um ato de fé. É preciso acreditar na escrita mesmo quando ela parece difícil.

É confiar que as ideias virão e que elas já estão dentro de você, apenas esperando o momento certo para serem lapidadas.


Um exemplo pessoal

Alguns dos meus livros estão “adormecidos” há muito tempo. E isso foi uma decisão consciente.

Há alguns anos, escolhi não publicá-los nem finalizá-los imediatamente, porque sabia que ainda não tinha o repertório necessário para construir aquelas histórias.

E tudo bem.

Essas obras pediam uma complexidade que, na época, a minha maturidade pessoal e literária ainda não era capaz de alcançar. E embora exista um toque de perfeccionismo nisso (algo comum entre escritores), percebi que respeitar o tempo da história é uma forma de amadurecimento.

Não significa que abandonei esses livros. Pelo contrário: eu os guardei com carinho, sabendo que um dia estaria pronta para escrevê-los.

E esse dia viria, porque eu estava me preparando: participando de eventos, lendo mais, estudando mais, vivendo mais.

Cada experiência estava me aproximando do momento certo.


Tenha calma com o seu processo

Todo escritor iniciante quer escrever o primeiro livro e isso é maravilhoso. Essa é uma meta importante e deve ser cumprida.

Mas é essencial lembrar: nem todas as histórias precisam nascer agora. Alguns livros pedem tempo, repertório e maturidade.

Comece pelo livro que você se sente preparado para escrever hoje. Existem gêneros e subgêneros mais simples, ideais para o início. Foque neles, construa sua confiança e aprenda com o processo.

A escrita é um caminho e cada história tem o seu momento de florescer.


Sobre o que você quer escrever

Antes de começar qualquer história, é essencial ter em mente o tema principal.

Sobre o que você quer escrever? O que você quer criar? E talvez o mais importante: para quem você quer escrever?

Definir o seu público é o primeiro passo: será que você quer escrever para crianças, jovens ou todas as faixas etárias? Cada público pede uma linguagem diferente.

A escrita voltada para crianças, por exemplo, precisa ser mais leve e lúdica, enquanto os jovens já estão acostumados com uma linguagem mais direta e dinâmica.

1. Escolha o gênero

Antes de tudo, decida em qual gênero literário você vai trabalhar. Terror, ficção científica, ficção adolescente, aventura, drama, fantasia, romance...

Escolha aquele que mais conversa com você — e que desperta a sua vontade de criar.

2. Descubra o que vale a pena ser contado

Pergunte-se:

  • Sobre o que, de fato, se trata a minha história?
  • Ela é inspirada em experiências pessoais?
  • Que tipo de narrativa quero trazer ao mundo?

Essas perguntas ajudam a encontrar o propósito da sua escrita.

Nos próximos posts, vou compartilhar um passo a passo mais detalhado para te ajudar a construir esse processo.

3. Escolha um subtema

Escolha um subtema relevante para usar como plano de fundo da sua história — isso tornará sua narrativa mais profunda e rica.

Criar uma história longa demanda tempo e disciplina. É preciso pensar no enredo, na personalidade dos personagens, nas descrições, nos diálogos e no fluxo temporal ao longo da trama.

4. Planeje o seu livro

Elaborar um roteiro inicial, com tópicos e subtópicos, é fundamental para manter a organização e a coerência da narrativa.

Use experiências próprias, observações do dia a dia e até pessoas reais como inspiração para criar personagens autênticos.

Escolha a sua rota e comece a escrever.

No próximo post, vou abordar sobre organização literária: como estruturar o seu livro e montar o planejamento ideal para manter o foco e o ritmo da escrita.

Então, fique comigo nessa jornada, porque o próximo post será imprescindível.

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Nos vemos no próximo post! ☕📖

 

Escrever sempre foi um ato de coragem e de colocar para fora aquilo que muitas vezes fica preso: emoções, sentimentos, pensamentos e reflexões. A escrita funciona como uma válvula de escape e, ao mesmo tempo, como uma forma de se mostrar ao mundo por meio da arte, revelando o que temos dentro de nós. Em linhas textuais, podemos expressar críticas, análises, visões de mundo, sonhos e desejos.

A escrita está diretamente ligada à leitura. Um leitor atento geralmente se torna um escritor. Quanto mais se lê, mais se escreve, e mais se expõe o pensamento. Um leitor que se torna escritor aprende a desenvolver pensamento crítico e a transformar o mundo por meio de suas obras.

Escrever é também uma forma de afirmar nossos pensamentos e criar mundos imaginários que se correlacionam com o nosso próprio mundo. Essa arte serve para criticar, empoderar a figura do herói ou da heroína.

Em tempos como este, escrever significa liberdade. A escrita nos torna conscientes das nossas ideias.

Nestes posts, quero abordar a escrita de um romance. Romance é uma obra literária que apresenta uma narrativa em prosa, podendo ser longa, na qual o autor narra fatos reais ou imaginários, relatados por seus personagens, explorando seus conflitos, dificuldades e transformações ao longo da história.

O que é escrita criativa?

É uma forma de expressão que transforma sentimentos, ideias e reflexões em palavras vivas. Diferente da escrita técnica, acadêmica ou jornalística, a escrita criativa é a arte de usar palavras para expressar emoções, inventar mundos e dar vida a histórias únicas.

Ela não está presa a fórmulas rígidas. Pelo contrário, é um espaço onde a imaginação tem liberdade total. Seja em um conto de romance, uma crônica ou até mesmo em uma legenda bem escrita para o Instagram, a escrita criativa permite explorar personagens, sensações, atmosferas e conflitos, reais ou fictícios, com a sua própria voz.

É onde o texto deixa de apenas informar e passa a tocar o leitor. Mais do que escrever bonito, escrever criativamente é comunicar verdades humanas de maneira autêntica e envolvente. É criar conexões. É fazer com que o leitor sinta algo. E isso, por si só, já é uma forma de transformar o mundo.

“A escrita criativa é qualquer forma de escrita que vá além dos limites normativos da linguagem utilitária. É a escrita que existe para contar histórias, provocar emoções ou compartilhar ideias de forma imaginativa.”
— Creative Writing Studies: Practice, Research and Pedagogy, Harper & Kroll (2008)

Na escrita criativa, você pode:

  • Criar personagens e mundos inteiros;
  • Recriar memórias;
  • Elaborar conflitos;
  • Ou simplesmente organizar o caos interno em forma de texto.

Por que escrever?

Escrever é um ato de afirmação, de tornar o visível o invisível. É uma forma de expressar aquilo que muitas vezes não conseguimos dizer em voz alta. A escrita é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento, transformação pessoal e, até mesmo, de liberdade social e política. Ela conecta o que sentimos com o que queremos compartilhar com o mundo. Cada texto que nasce de você é uma nova possibilidade de diálogo com o outro.

Escrever bem exige leitura. Se você deseja aprimorar sua escrita, precisa ler muito. E isso não significa se restringir apenas a clássicos ou livros de ficção. Leia tudo o que puder — romances, contos, jornais, livros de não ficção. Além de estimular a criatividade, a leitura permite compreender pessoas, conflitos sociais e universos diversos.

A leitura ativa expande o vocabulário, melhora a estrutura narrativa e inspira novas ideias. Escritores, iniciantes ou experientes, que cultivam o hábito da leitura, desenvolvem mais rapidamente o pensamento crítico e a capacidade de construir universos próprios.

Escrevendo um romance: por onde começar?

Um romance literário é uma das formas mais completas de narrativa em prosa. Pode ser curto ou longo, realista ou fantástico, mas um bom romance se apresenta por seus elementos essenciais:

  • Narrador com voz definida;
  • Conflitos envolventes;
  • Personagens consistentes e bem construídos;
  • Trama que evolui de forma coerente e consistente.

Você pode começar com uma ideia central, um tema que te move ou até mesmo uma cena isolada. O importante é não esperar pela inspiração perfeita, ela surge ao longo do caminho, quando você se compromete com a prática da escrita.

A escrita como forma de liberdade

Escrever é um exercício de liberdade. Quando você escreve, reivindica sua voz no mundo, especialmente em tempos tão ruidosos e acelerados. A escrita se torna um ato de pausa, presença e poder.
E sim: você pode escrever, mesmo que nunca tenha tentado antes. Não existe dom; existe prática, existe vontade de dizer algo, de explorar linguagens e, acima de tudo, de permitir-se errar no caminho.

Conclusão: Sua história merece ser contada

Cada pessoa tem uma história — e a sua merece existir no mundo. Escrever é um ato de generosidade, tanto com você quanto com quem vai ler.

É abrir o coração em forma de palavras para que outros possam se reconhecer nelas.

Se você quer dominar a arte de contar histórias, desenvolver sua voz autoral e entender as engrenagens por trás de uma boa narrativa, eu posso te guiar nesse processo.

Afinal, escrever é muito mais do que técnica:
é sobre presença, consciência e liberdade.

Conheçam o meu novo projeto: Café com Escritores

O Café com Escritores nasceu como um projeto para criar conexões entre escritores, oferecendo suporte àqueles que precisam construir repertório e desenvolver sua prática literária. Nem todo mundo sabe exatamente o que escrever, como estruturar uma história ou manter a disciplina necessária para concluir seus projetos.

O objetivo do Café com Escritores é tornar a escrita possível: não apenas ensinar hábitos e disciplina, mas também fortalecer o repertório por meio de conexões significativas, ajudando a adquirir a sabedoria da escrita.

Escrever é, acima de tudo, observar o mundo. E observar o mundo envolve silêncios, troca e atenção aos detalhes. Um escritor não é apenas alguém que leu muitos livros e, por isso, começou a escrever. Um escritor é um ser humano curioso, cujo principal objetivo é documentar suas observações, utilizando a licença poética para transformar essa percepção em arte.

O Café com Escritores quer, portanto, inspirar novos escritores, oferecendo o desafio de desenvolver a escrita com prática, repertório e conexão com outros criadores.

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Continue acompanhando e dê continuidade à sua jornada de escrita!

Há uns 12 anos eu mantenho diários pessoais que me ajudam na minha experiência de escrita. Parece improvável que textos que escrevemos aleatoriamente podem contribuir de alguma forma para o nosso crescimento como escritor(a), mas é exatamente na busca do autoconhecimento que reside a chave da escrita aprimorada. 

Ao escrever de forma pessoal não nos condicionamos a estética linguística. Sabendo que esses textos não serão lidos por outros, encontramos a liberdade de expressar desejos, sonhos e dialogar com nós mesmos. Essa compreensão enriquece nosso repertório, permitindo que nossas impressões pessoais enriqueçam as histórias destinadas ao público.

Meu estilo de escrita muitas vezes não é explícito. Com frequência, sinto dificuldade ao comunicar meus pensamentos aos leitores. Assim, ao registrar meus pensamentos em diários pessoais, tenho a oportunidade de revisitar e escolher quais questionamentos desejo incorporar em meus textos.

Narrar nossas experiências não apenas nos auxilia a aprimorar nossos textos, mas também desperta nossa criatividade. Seja em um diário pessoal ou em uma narrativa ficcional, a música tem sido companheira constante, elevando minha inspiração durante as sessões de escrita. Já sabemos que a prática regular é bem conhecida por elevar a qualidade da escrita, e isso constitui outro motivo pelo qual a prática de manter diários se torna tão útil.

De tempos em tempos, retorno as páginas pessoais desses diários, o que me proporciona a oportunidade de racionalizar sentimentos e pensamentos que, posteriormente, enriquecerão minha escrita. 

Manter um diário pessoal não apenas preserva lembranças, mas também fortalece a memória do escritor(a). Reconhecemos a importância da memória na escrita, sobretudo quando se trata de criação de mundo fictícios.

Em resumo, a prática de manter diários pessoais é enriquecedora para o aprimoramento da escrita. Ao explorarmos nossos pensamentos sem amarras e revisitarmos nossas experiências, fortalecemos nossa criatividade, refinamos nossa expressão e enriquecemos nossas histórias. Esses diários iluminam o caminho do autoconhecimento, essencial para o nosso crescimento como escritores.

 

Muitos autores brasileiros não têm tanta visibilidade quanto autores gringos e isso é de fato um grande problema. Mas vocês sabiam que muitos autores gringos também já foram independentes e começaram a divulgar as suas obras sem nenhum apoio?

Não estou dizendo que nós, como brasileiros, temos os mesmo privilégios que autores de fora, muito pelo contrário. Aqui ainda não temos um grande público leitor e editoras que investem pesado nos autores. Mas não quer dizer que devemos ficar parados esperando que um dia, uma editora nos encontre.

Nomes como Anna Told (After) começaram em plataformas para fanfic e descobriram um grande sucesso através da internet.

Criar um núcleo de leitores é essencial para o sucesso de um escritor independente, assim como trabalhar as suas plataformas de mídias sociais. É necessário ter frequência e bastante interação. Os leitores buscam mais proximidade com os autores, por isso é tão necessário estar dentro dessas mídias de interação.

Não só escritores, mas todos e qualquer artista precisa buscar estar presentes, pois há uma grande competição de atenção nas plataformas digitais, e se quisermos que o nossos livros cheguem para mais pessoas, precisamos pensar em marketing digital e engajamento.

Espero que tenham gostado desse post. Logo mais estarei por aqui com mais dicas!

Além dessas dicas, aqui no blog você encontra muitas outras dicas de publicação. Acesse: 

O passo a passo para quem deseja publicar um livro

7 Dicas sobre produção de capas de livros para iniciantes

Dicas de diagramação para livros impressos

O que você deve fazer antes mesmo de publicar o seu livro

Ideias de marketing para escritores

Como publicar o seu livro na UICLAP?

O que é DRM e Amazon Select?

Posso citar marcas e pessoas reais nos meus livros?

Como publicar um ebook na Amazon?

Como formatar o e-book para publicar na Amazon?

Por que devo registrar o meu livro?

Como fazer o novo registro online do seu livro no blockchain da Câmara Nacional do Livro (CBL)

Como os livros vão parar na livrarias? - Saiba como funcionam as destribuidoras

Os Tipos de Publicação - Conheça quais são as formas que você pode publicar o seu livro

Como Registrar o seu livro - Proteja a sua obra literária registrando a patente na Biblioteca Nacional

Dicas para o seu Marketing Literário



Acho que esse é um post necessário, pelo menos par mim.

Tenho ideias e histórias que eu gostaria de produzir, mas estão engavetadas há tanto tempo que nem sei. Quero escrever mais durante o dia, só que passo os dias me delegando tantas outras coisas, que a escrita vai ficando de lado. Acho que não é só comigo que isso acontece. Vejo muitos autores reclamando sobre não conseguir escrever e produzir nada.

Vou contar o que eu acredito ser o meu caso: eu não tenho bloqueio literário, porque as ideias continuam vindo aos montes, o que eu tenho de fato é um péssimo habito de perfeccionismo, que se transforma em preguiça. Eu busco tanto ultrapassar as barreiras da minha imaginação para o papel, da forma mais exata possível, e quando não consigo, desisto, deixo de lado e tenho preguiça de continuar. Mas sabe, esse perfeccionismo as vezes até é bom, é legal querer fazer algo esteticamente agradável, só que o que precisamos entender, é que o que é belo, é construído através do remendo de muitos erros. 

O problema de qualquer profissional (principalmente no meio da artes), é olhar para o seu colega e pensar: que lindo!, como ele fez aquilo?. Nós colocamos tudo como sendo fruto do talento de alguém, mas sabe, nem todos temos dons (eu sou uma dessas pessoas) e a maioria dos artistas, acredito eu, são os que persistiram, criaram, recriaram, erraram e não deixaram a sua arte de lado.

Hoje eu sei, que também a escrita bela deve vir de vários erros, rabiscos, manuscritos, revisões. Acredito que a resiliência do autor em procurar essa perfeição em sua obra é algo bom, mas não pode se tornar o gatilho para abandonarmos as nossas obras por preguiça de não conseguir a tão estimada perfeição. E quando eu digo perfeição, estou falando do ponto de vista do próprio autor, pois se pararmos para pensar no que os leitores acreditam ser uma obra perfeita, eu vou dissertar aqui uma série de paranoias, e não é esse o ponto desse post.

Eu amo escrever, isso faz parte de mim, mas é bom admitir, que deixo de lado a minha escrita, com medo de não conseguir alcançar os objetivos que coloquei para determinado livro, e isso é não é ser resiliente. Eu não vou conseguir nada, me enchendo de ideias, mas deixando a preguiça e a falta de perseverar tomar conta de mim.

Continuar indo em frente, sem medo de errar, é a única forma que temos hoje para alcançar os nossos objetivos. Por que afinal, errar não é errado. Ter medo de acertar e não fazer nada, é o nosso maior erro.

Então, vamos escrever, sem medo dos erros, sem preguiça e com vontade de continuar!



Também chamada de Monomito, a Jornada do Herói é uma estrutura baseada na mitologia de diversas culturas, além de ser estudada pelo antropólogo Joseph Campbell, que foi um mitologista. 

Chegou a estudar matemática e biologia, mas seu interesse principal centrou-se na cultura e na mente humana. Famoso por seus estudos de mitologia e religião comparada, autor da obra O Herói de Mil Faces, publicado originalmente em 1949. O que o tornou mundialmente conhecido foi ter-se tornado uma das maiores autoridades mundiais sobre os mitos das diversas culturas humanas.

Conheça os doze estágios para a construção de narrativa utilizando a Jornada do Herói:


 

  1. Mundo comum: o momento em que o herói vive em seu mundo, antes de saber o que está por vir e iniciar a aventura.
  2. Chamado à aventura: surge um desafio que impulsiona o herói a seguir um novo caminho.
  3. Recusa ao chamado: o herói hesita em aceitar a aventura ou fica relutante em continuar.
  4. Encontro com o mentor: o encontro com o mentor é muito importante para a jornada, o herói recebe auxílio e conhecimento para encarar a aventura.
  5. Cruzamento do primeiro limiar: o herói aceita o chamado da aventura e finalmente se compromete com a causa. Aceita as consequências e embarca na aventura.
  6. Testes, aliados e inimigos: logo em seguida, o herói é testado diversas vezes e conhece aliados e inimigos. Nessa etapa, o herói aprende sobre o novo mundo.
  7. Aproximação: o herói se aproxima do inimigo, se torna cada vez mais forte e sábio.
  8. A provação: o herói deve enfrentar o seu maior medo, uma das partes mais tensas do enredo.
  9. Recompensa: o herói supera o perigo e obtém a recompensa por ter aceitado o desafio.
  10. Retorno: o herói volta para casa com a recompensa e tudo o que aprendeu. Porém, ele está mudado, não é mais o mesmo.
  11. Ressurreição: mais uma vez, o herói fica cara a cara com um conflito inesperado e terá que usar sua recompensa e tudo o que aprendeu para resolver o conflito.
  12. Retorno com o Elixir: volta para a casa após ter resolvido o conflito e tem a recompensa que pode ajudar a todos, podendo viver normalmente mais uma vez.

Seguindo esses passos, você poderá desenvolver a sua história com o método utilizado pela maioria das grandes obras como os livros de Harry Potter e os filmes Star Wars e Batman.
Compartilhe este conteúdo com mais escritores e comente aqui embaixo o que achou do post.

Além dessas dicas, aqui no blog você encontra muitas outras dicas de escrita criativa sobre o enredo. Acesse: 

Elementos dramáticos que podem ser aplicados no enredo

Elementos para construir um enredo empolgante

Revise o que já sabe sobre o enredo da sua história

Dicas para desenvolver o clímax da sua história

As 3 etapas da jornada do herói

Como expandir o universo da fantasia

Como construir o plot principal da história

Construção do plot e algumas dicas para engajar o leitor

Organizando o clímax da história

Como aumentar o conflito da sua história

O Plot principal da história e o Método de Cinco Pontos



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Oi, sou Nick!


Oi, sou Nick!

Sou escritora, formada em Licenciatura em Letras e tenho me aprofundado em Sociologia e Filosofia. Atualmente, atuo na área de Marketing, explorando estratégias, comunicação e comportamento humano. Minha trajetória é guiada pela busca constante por conhecimento, reflexão crítica e conexão entre ideias, pessoas e contextos sociais.


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Criado por Nick Exaltação