Há uns 12 anos eu mantenho diários pessoais que me ajudam na minha experiência de escrita. Parece improvável que textos que escrevemos aleatoriamente podem contribuir de alguma forma para o nosso crescimento como escritor(a), mas é exatamente na busca do autoconhecimento que reside a chave da escrita aprimorada.
Ao escrever de forma pessoal não nos condicionamos a estética linguística. Sabendo que esses textos não serão lidos por outros, encontramos a liberdade de expressar desejos, sonhos e dialogar com nós mesmos. Essa compreensão enriquece nosso repertório, permitindo que nossas impressões pessoais enriqueçam as histórias destinadas ao público.
Meu estilo de escrita muitas vezes não é explícito. Com frequência, sinto dificuldade ao comunicar meus pensamentos aos leitores. Assim, ao registrar meus pensamentos em diários pessoais, tenho a oportunidade de revisitar e escolher quais questionamentos desejo incorporar em meus textos.
Narrar nossas experiências não apenas nos auxilia a aprimorar nossos textos, mas também desperta nossa criatividade. Seja em um diário pessoal ou em uma narrativa ficcional, a música tem sido companheira constante, elevando minha inspiração durante as sessões de escrita. Já sabemos que a prática regular é bem conhecida por elevar a qualidade da escrita, e isso constitui outro motivo pelo qual a prática de manter diários se torna tão útil.
De tempos em tempos, retorno as páginas pessoais desses diários, o que me proporciona a oportunidade de racionalizar sentimentos e pensamentos que, posteriormente, enriquecerão minha escrita.
Manter um diário pessoal não apenas preserva lembranças, mas também fortalece a memória do escritor(a). Reconhecemos a importância vital da memória na escrita, sobretudo quando se trata de criação de mundo fictícios.
Em resumo, a prática de manter diários pessoais é enriquecedora para o aprimoramento da escrita. Ao explorarmos nossos pensamentos sem amarras e revisitarmos nossas experiências, fortalecemos nossa criatividade, refinamos nossa expressão e enriquecemos nossas histórias. Esses diários iluminam o caminho do autoconhecimento, essencial para o nosso crescimento como escritores.