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 Genie, Make a Wish | 다 이루어질지니

Título: Genie, Make a Wish | 다 이루어질지니

Emissora: Netflix

País: Coreia do Sul

Ano: 2025

Sinopse: A fria e impassível Ka Yeong passou a vida sob os cuidados da avó, cujo olhar atento e abordagem de amor duro ajudaram a manter as tendências psicopatas de Ka Yeong sob controle. Quando Ka Yeong inesperadamente tropeça em uma lâmpada mágica, ela desperta o misterioso espírito Gênio de seu sono de mil anos — e sim, ele promete à jovem três desejos que mudarão sua vida. Libertada em um novo milênio, a magia travessa de Gênio abala a vida tranquila de Ka Yeong, e enquanto ele navega pelas realidades desconhecidas do mundo moderno, os dois se encontram em um romance surpreendente e turbulento. Mas quando as coisas não poderiam ficar menos previsíveis, Ga Yeong descobre que seu companheiro que realiza desejos é, na verdade, Iblis, mais conhecido como Satã, que está determinado a provar que os humanos são corruptíveis. É uma reviravolta totalmente nova na história do gênio da lâmpada, e quando a intratabilidade e as rotinas rigidamente controladas de Ga Yeong encontram a energia trapaceira e o charme desinibido de Genie, tudo se prepara para um romance que será tudo menos comum. 

Genie: Make a Wish é o novo drama da Bae Suzy, da Netflix, lançado em outubro. E como todo drama da Suzy, é claro que eu não deixaria de falar sobre ele aqui no blog.

O drama, estrelado pela Suzy e pelo Kim Woo-bin, é uma história de fantasia que se passa, em parte, no Oriente Médio. Ele traz uma mitologia inspirada nessa região, envolvendo gênios e anjos.

Na trama, a Suzy interpreta Ka Young, uma jovem que possui transtorno de personalidade antissocial, mas que, ao mesmo tempo, foi criada com muita disciplina pela avó, que lhe ensinou todos os valores morais necessários para levar uma vida “normal” e não sucumbir ao próprio transtorno.

Ka Young viaja para Dubai em busca da mãe, que abandonou ela e a avó anos atrás para começar uma nova vida com outra família. Marcada pelo ressentimento, Ka Young faz essa viagem todos os anos tentando entender por que foi deixada para trás.

Durante a sua estadia em Dubai, ela acaba encontrando uma antiga lâmpada mágica — a do gênio Iblis, interpretado por Kim Woo-bin. Após séculos preso, o gênio desperta quando Ka Young o liberta, e, como manda a tradição, ele tem o poder de conceder três desejos ao atual dono da lâmpada.

Mas o que o gênio — que é bastante dissimulado, por sinal — realmente quer é levar a alma dela para o inferno. Isso porque, nesse dorama, a figura do gênio é retratada quase como um demônio, uma entidade que tenta corromper os humanos através da ganância. Então, depois que a Ka Young fizesse seus três pedidos, ele teria o direito de levar a alma dela, caso ela fizesse pedidos egoístas. Só que o que ele não esperava era encontrar alguém completamente desinteressada em tudo o que ele podia oferecer.

Ela não liga para dinheiro, poder ou luxo. Por ter dificuldades em compreender sentimentos e emoções, nada disso a atrai. Além disso, ela já tem uma boa condição financeira, graças a um trabalho com investimentos em ações. Tudo o que ela quer é continuar sua vida tranquila no interior, ao lado da avó.

Ao longo da história, o gênio faz de tudo para tentar convencer Ka Young a fazer seus desejos. Ele cria situações, tenta seduzi-la com promessas e tenta explorar seus pontos fracos. Mas o que ele não esperava era que o primeiro desejo dela fosse algo completamente inesperado: Ka Young pede que o gênio atenda três desejos de cinco pessoas diferentes. O motivo? Ela queria provar para ele que a humanidade ainda tinha virtudes e que nem todo mundo sucumbia à ganância. E é aí que começa a verdadeira aposta entre os dois.

Acompanhamos várias interações entre Ka Young e o gênio, e é curioso perceber que a personalidade dela acaba sendo até mais “geniosa” do que a dele. Os dois têm uma dinâmica intensa, cheia de provocações, que dá um ritmo gostoso à narrativa.

Além deles, o drama traz outros personagens que ajudam a deixar a trama mais movimentada. Entre eles, um anjo da morte, que funciona quase como o oposto do gênio — como se fossem luz e sombra coexistindo no mesmo universo. Há também seres que atuam como ajudantes, tanto do gênio quanto do anjo, e até outros gênios que aparecem ao longo da história.

Um destaque interessante é a participação especial da Song Hye Kyo, que surge em um dos episódios e adiciona um toque extra de charme à produção. Apesar de ser uma história relativamente curta, o roteiro consegue equilibrar bem o tempo de tela dos personagens secundários, evitando que o enredo fique monótono.

Mas o que realmente dá profundidade à história é a figura da avó de Kayong. Ela é a base moral e emocional da protagonista, a pessoa responsável por moldar seu caráter e seus valores. Não vou dar spoilers, mas a relação entre as duas é um dos pontos mais bonitos do drama. É tocante ver como o amor da avó permeia todas as decisões da Kayong, mesmo quando ela parece fria ou distante.

Outro ponto que merece destaque é a amiga de Kayong. Apesar de ter dificuldade em compreender sentimentos humanos e em demonstrar empatia, ela encontra, à sua maneira, uma forma racional de expressar afeto. O amor que sente, mesmo que silencioso, é perceptível, tanto pelas pessoas ao seu redor quanto pela pequena cidade onde cresceu. Um lugar onde todos conhecem sua história, suas lutas e a força de sua avó.

“Genie: Make a Wish” é um drama curtinho, apenas 13 episódios, mas consegue entregar uma história completa e cheia de emoção. Como é típico dos dramas coreanos, ele equilibra muito bem os tons: há momentos de comédia leve, que fazem rir de verdade, e outros de melancolia e drama, especialmente nos episódios finais. O final é, digamos, feliz. Você sai da história com o coração apertado, mas com a sensação de que valeu a pena cada minuto. Prepare-se para rir muito, chorar um tanto, e se emocionar com uma narrativa curta, porém intensa.

Para mim, é um dos melhores dramas coreanos do ano, mesmo eu não tendo acompanhado tantos doramas da Coreia ultimamente. A atuação da Suzy está simplesmente impecável. Nos últimos trabalhos, ela tem se afastado daqueles papéis convencionais que marcaram o início da carreira, e isso tem mostrado o quanto ela amadureceu como atriz.

O Kim Woo-bin também está excelente, e a química entre os dois é nítida. Desde Uncontrollably Fond já dava para perceber como eles funcionam bem juntos em cena, mas aqui, a parceria ganha uma nova energia. Enquanto aquele drama era profundamente emocional, Genie: Make a Wish aposta numa mistura mais ousada, comédia, fantasia e drama.

Vale mencionar que o drama enfrentou críticas em partes da Ásia e do Oriente Médio, por abordar elementos inspirados na religião islâmica. Mas, sinceramente, não vi nada ofensivo. O uso de figuras religiosas ou mitológicas no entretenimento é algo recorrente, seja em filmes, séries ou livros, e aqui isso serve apenas como pano de fundo para construir uma fantasia rica e simbólica, não uma profanação. Pelo contrário: é uma releitura criativa de elementos culturais já conhecidos.

Então, se você está procurando um drama divertido, com aquele toque de fantasia moderna, Genie: Make a Wish entrega tudo isso e um pouco mais. É curtinho — dá para maratonar tranquilamente em dois ou três dias — e ainda conta com uma OST (Original Soundtrack) super agradável, que combina perfeitamente com o clima da história.

Gostou da resenha?

Leia mais:

[Resenha Doramas] Uncontrollably Fond

 


Título: My Roommate is a Gumiho | 간 떨어지는 동거

Emissora: tvN

País: Coréia do Sul

Ano: 2021

Sinopse: 

Depois de vagar pela Terra durante os últimos 999 anos, Shin Woo Yeo (Jang Ki Yong) agora está prestes a ver seu maior sonho se tornar realidade. Tendo passado os últimos mil anos coletando energia humana em seu precioso pingente, este gumiho milenar está finalmente pronto para abandonar sua forma de raposa e se tornar totalmente humano. Ou pelo menos estava até que uma aluna desavisada chamada Lee Dam (Hyeri) arruína todos os seus planos.

Trabalhando como professor universitário, Woo Yeo nunca imaginou que uma única estudante seria capaz de atrasar todos os seus planos de se tornar humano. Mas, quando um encontro tarde da noite com Lee Dam e uma de suas amigas bêbadas o faz derrubar seu precioso pingente, é exatamente isso que acontece. Ao tentar ajudar a amiga embriagada a voltar para casa, Lee Dam engole acidentalmente o pingente de raposa de Woo Yeo. Sabendo muito bem que engolir esse pingente findará matando um humano, Woo Yeo não tem escolha a não ser confrontar Lee Dam com a verdade. Sem nenhuma ideia de como resolver sua situação, Woo Yeo sugere que eles vivam juntos até que consigam encontrar uma solução. 

Incapaz de encontrar uma saída para essa situação por conta própria, Lee Dam concorda com o pedido inusitado de Woo Yeo. Mas será que a convivência realmente os ajudará a encontrar a resposta que procuram ou apenas trará novos problemas? 


Resenha:

My Roommate is a Gumiho gira em torno de Shin Woo Yeo (Jang Ki Yong) , um Gumiho - raposa de nove caudas - de 900 anos. Ele acidentalmente perde uma de suas contas de raposa e acaba encontrando Lee Dam (Hyeri), uma jovem estudante universitária desajeitada e meio doida. 

Para recuperar a conta de raposa, ​​Woo Yeo faz um pacto com Dam, e eles precisam viver juntos enquanto a conta está presa no corpo de Dam. Essa conta é muito poderosa para os Gumihos e pode transformar um Gumiho de mil anos em um ser humano. Caso a conta vermelha da raposa não se torne azul, o Gumiho não se tornará humano e pode desaparecer. Para Dam, a questão é que a conta só pode ficar dentro do corpo dela por até um ano, ou ela poderá morrer.

Woo Yeo trabalha como professor na universidade de Dam, e precisa mantê-la por perto de outros seres que também querem se apossar da conta da raposa.

As personalidades dos dois são muito opostas, enquanto Woo Yeo é extremamente frio e não entende bem a humanidade, Dam é divertida, vigorosa e animada. Ela consegue tirá-lo da sua zona de conforto e em várias cenas engraçadas que vai prendendo o telespectador com muito comédia.

Hye-Sun (Kang Han Na) era uma Gumiho de 700 anos que se tornou humana há cinco anos. Ela conhece Woo Yeo e sempre implica com ele por ter se tornado humana primeiro. Os dois são bem parecidos e até parece irmãos.

Enquanto o dorama avança lentamente entre a comédia e o romance de Dam com o Woo Yeo, outro personagem tenta chamar a atenção de Dam, seu colega de universidade Gye Sun Woo (Bae In Hyuk). 

Woo Yeo inicialmente parece egocêntrico e extremamente frio, mas aos poucos Dam começa a invadir a sua vida de um jeito engraçado e alegre, e ele não consegue não se apaixonar por ela. À medida que a trama avança, se torna cada vez mais dramática, mas não perdendo a essência de uma comédia romântica.

Confesso que no começo gostei do Woo Yeo, depois desgostei e gostei de novo. Foi uma confusão de sentimentos por esse personagem indeciso, sem nenhum entendimento da humanidade. Ele não parecia ter ambições e nem sabia o que queria de Dam. Até shippei a Dam com o Sun Woo (apesar dele ser babaca, mas lindo kkk), mas sinceramente acho que a Dam era até boa demais para os dois personagens masculinos. A Hyeri é extremamente engraçada e fez uma atuação leve que conseguiu encantar bastante.

Para que deseja assistir uma comédia romântica envolvente e muito engraçada, My Roommate is a Gumiho é uma ótima opção.

 

Título: Bad and Crazy (2021) | 배드 앤 크레이지

Emissora: iQiyi, tvN

País: Coréia do Sul

Ano: 2021

Sinopse: Bad and Crazy gira em torno de um detetive corrupto que começa a manifestar uma dupla personalidade com senso de justiça. Soo-Yeol (Lee Dong-wook) trabalha como policial e é competente em seu trabalho, mas tem atitudes questionáveis. Ele fará qualquer coisa para obter sucesso e não deixa que nada interfira em seu caminho. Devido a sua personalidade ambiciosa, ele recebeu diversas promoções em um curto período. Sua vida muda completamente com a chegada de K (Wi Ha-joon). K é uma pessoa justa e moral, mas também um pouco desequilibrado. Sempre que vê alguma injustiça, ele a enfrenta.

Bad and Crazy (2021) | 배드 앤 크레이지

Bad and Crazy (2021) é um drama sul-coreano que mergulhou nas complexidades da moralidade humana, trazendo à tona temas como ambição, justiça e redenção. Com performances marcantes e um enredo repleto de reviravoltas, essa série conquista os espectadores desde o primeiro episódio.

A história de "Bad and Crazy" acompanha Soo Yeol (Lee Dong Wook), um policial do Departamento de Polícia de Mooui, que possui uma ética questionável. Determinado a alcançar o sucesso, ele está disposto a fazer qualquer coisa para progredir em sua carreira. No entanto, sua vida tranquila é abalada com a chegada de K (Wi Ha Joon), um homem justo, mas também um tanto louco. 


Bad and Crazy (2021) | 배드 앤 크레이지


Sempre que K se depara com injustiças, ele age com violência, sonhando em ser um herói. Hee Gyeom (por Han Ji Eun) é uma tenente da polícia que trabalha no esquadrão antidrogas do Departamento de Polícia de Mooui. Ela é uma pessoa justa e entusiasmada em seu trabalho, tendo tido um relacionamento anterior com Soo Yeol.

Ao longo dos episódios, descobrimos que Soo Yeol sofre de transtorno dissociativo de identidade, sendo a personalidade de K uma manifestação desse transtorno. Essa dinâmica traz uma interessante complexidade ao enredo, com a atuação impressionante de Wi Ha Joon. 


Bad and Crazy (2021) | 배드 앤 크레이지

A trama de "Bad and Crazy" é conduzida de forma envolvente, apresentando mini-arcos e histórias secundárias que mantinham o público intrigado a cada dois episódios. O desenvolvimento dos personagens é gradual e cuidadoso, especialmente no caso de Soo Yeol, que passa de um policial corrupto a um homem em busca de redenção. A evolução dos personagens é bem trabalhada ao longo da série, oferecendo um crescimento realista e cativante.

As atuações de Lee Dong Wook e Wi Ha Joon são dignas de elogio, com uma química perfeita em cena, mal posso esperar para ver mais dramas desses dois. O restante do elenco também entrega performances excelentes, destacando-se o relacionamento entre Kyung Tae (Cha Hak-yeon) e Shin Jun-hyeok (Jung Sung-il), que proporcionou momentos dramáticos.


Bad and Crazy (2021) | 배드 앤 크레이지


Jung Sung-il está impressionante nesse drama, além de The Glory, esse foi outro drama dele, e gostei muito da sua atuação. Diferente de The Glory, em Bad and Crazy, ele entregou tudo nesse papel. Lee Dong Wook também está bem diferente do seu papel em Stranger From Hell, outro drama dele que é imperdível. 

Bad and Crazy foi uma surpresa para mim, alé de muita comédia, ação e suspense, ele conseguiu entregar tudo o que estava procurando para me divertir!
Você pode assistir Bad and Crazy na Netflix.

Se você gostou de Bad and Crazy, você também pode gostar de:
[Resenha Doramas] The Glory (2022) - A Lição | 더 글로리
[Resenha Doramas] Strangers From Hell | 타인은 지옥이다 - Aviso de gatilho de Gaslighting
[Resenha Doramas] Little Women (2022) - As três irmãs | 작은 아씨들

 


Título: Nevertheless, (Apesar de Tudo, Amor) | 알고있지만,

Emissora: JTBC, Netflix

País: Coréia do Sul

Ano: 2021

Sinopse: Adaptação do Webtoon de mesmo nome. Park Jae Uhn acha que namorar é uma perda de tempo, mas gosta de flertar. Mesmo sendo amigável e alegre com todos, ele não persegue os outros. Ele é um mestre do "push-and-pull": quem não se deixa levar pelas emoções. Jae Uhn estabelece limites firmes entre ele e as outras pessoas e não revela como se sente. No entanto, quando conhece Yoo Na Bi, ele quer cruzar essas linhas. Yoo Na Bi quer namorar, mas não acredita no amor. Após uma experiência amarga com seu primeiro amor, ela não acredita mais no destino. Mas quando ela conhece Park Jae Uhn, ele tem um efeito mágico sobre ela que desafia a decisão de Na Bi de permanecer indiferente.


Resenha:

Você já deve ter ouvido falar de Nevertheless ou Apesar de tudo, amor, um dos doramas coreanos do catálogo da Netflix. O drama é uma adaptação do webtoon homônimo e conta a história de dois jovens que se sentem atraídos um pelo outro, mas precisam enfrentar muitas barreiras de mentalidades diferentes.

A protagonista, Yoo Na-Bi (Han So-hee), é uma estudante de artes que já sofreu desilusões amorosas e, por isso, acredita que o amor não vale a pena. Porém, sua vida muda quando ela conhece Park Jae-eon (Song Kang), um jovem charmoso e sedutor que conquista seu coração.

A química entre os dois é inegável, mas a trama se aprofunda em questões como relacionamentos casuais, infidelidade, insegurança e falta de comunicação. Nevertheless é um drama que retrata de forma realista as dificuldades que muitos jovens enfrentam ao tentar conciliar o amor com a pressão da vida moderna.

O elenco é outro ponto alto da série, com atuações cativantes que tornam os personagens ainda mais complexos e interessantes. Han So-hee (My Name), que interpreta Na-bi, entrega uma atuação emocionante e cheia de nuances, enquanto Song Kang, como Jae-eon, encanta o público com seu charme e talento.

"Nevertheless" é uma obra que certamente vai mexer com suas emoções e deixá-lo refletindo sobre as complicações dos relacionamentos. 

A história dos protagonistas, apesar da atração, fala muito mais sobre relacionamentos do que o amor. Na-bi se deixa levar muitas vezes pelas emoções e se apega a Jae-eon, que desde o início não dá indício de querer um relacionamento monogâmico. Como a Coreia do Sul é um país conservador, é esperado da protagonista feminina, que Jae-eon e ela formem um casal, à medida que eles passem mais tempo juntos, mas isso não acontece.

Particularmente, eu senti uma grande simpatia pela Na-bi e uma enorme antipatia pelo Jae-eon. Em todos os momentos ele deixa claro que a Na-bi é especial para ele, e em nenhum momento ele deixa claro que ele não quer nada sério com ela, mantendo-a no radar. Ela se questiona diversas vezes sobre continuar com ele, mesmo sabendo que ele não queria nada sério, a protagonista é manipulada por sorrisos e indícios de que ela pode se tornar namorada dele. Sabendo que a Coreia do Sul é um país conservador e que é normal a garota esperar um namoro sério, achei o protagonista masculino bastante egoísta por não se importar de deixar clara a situação. 

Chega um ponto que a Na-bi está tão envolvida no mundo dele, que esquece até do seu próprio trabalho de artes na faculdade. A melhor parte da história é quando ela resolveu focar em terminar o trabalho final para a conclusão do curso.

O pior de tudo é que quando o dorama resolve empurrar um triângulo amoroso com o melhor amigo de infância da Na-bi, o Jae-eon resolve se importar com ela. Isso para mim foi o fim de tudo. Mas gostei bastante do Song Kang nesse papel, ele conseguiu me encantar e, ao mesmo tempo causar um surto de ódio.

Apesar de tudo, é um dorama divertido, com personagens secundários envolventes e com uma trama leve. Vale a pena conferir.

Assista Nevertheless, na Netflix.

 

Título: The Glory (2022) - A Lição | 더 글로리

Emissora: Netflix

País: Coreia do Sul

Ano: 2022

Sinopse: "The Glory" é uma triste história de vingança que começa com uma estudante do ensino médio que sonhava em se tornar arquiteta. No entanto, ela abandonou a escola devido à violência escolar brutal. Anos depois, o agressor se casa e tem um filho. Uma vez que a menina está no ensino fundamental, a ex-vítima passa a ser sua professora e é aí que começa a vingança contra aqueles que foram os agressores e espectadores de seus dias de bullying.

The Glory (2022) - A Lição | 더 글로리

Resenha:


The Glory é um k-drama original da Netflix que possui 16 episódios, a primeira parte foi exibida no final de dezembro no ano passado e a segunda estreou na última sexta (10). O dorama foi dirigido por Ahn Gil-ho (Happiness) e escrito por Kim Eun-Sook (Secret Garden, The Heirs, Descendants of the Su).
O dorama conta a história de Moon Dong-eun (Song Hye-kyo), uma mulher que sofreu de violência física e psicológica na infância pelos colegas. Depois disso, a sua alma foi quebrada ao ponto dela se dedicar por 18 anos em um elaborado plano de vingança para destruir a vida dos colegas e se sentir em paz.
Moon Dong-eun era uma garota pobre e foi o alvo de Park Yeon-jin (Lim Ji-yeon), a sua colega rica e mimada, que fazia bullying no colégio. Além do grupo de amigos de Yeon-jin, Lee Sa-ra (Kim Hieora), Jeon Jae-joon (Park Sung-hoon), Choi Hye-jeong (Cha Joo-Young) e Son Myeonn-oh (Kim Gun-woo).


Song Hye-kyo

Não é a primeira vez que o grupo Park Yeon-jin faz bullying com outras colegas, o que traz consequências severas na vida dessas garotas. Após ter tido a vida estragada, o mundo se Dong-eun se resume na vingança contra Park Yeon-jin.
Já adulta, Park Yeon-jin tem a vida que tanto sonhou, ela é casada, tem uma filha e trabalha como meteorologista na melhor emissora da Coreia do Sul. Moon Dong-eun estudou a vida de Park Yeon-jin  e do seu grupo de amigos, e sabe exatamente o que fazer para que eles se autodestruam. 
Dong-eun se junta com Kang Hyun-nam (Yeom Hye-ran), uma mulher pobre que trabalha na casa de Park Yeon-jin, para investigar a sua algoz. O único pedido de Kang Hyun-nam, é que Dong-eun mate o seu marido, pois Kang Hyun-nam e sua filha, sofrem de violência doméstica. 


Lim Ji-yeon

No decorrer da trama, vamos conhecendo alguns personagens como o doutor Joo Yeo-jeong (Lee Do-Hyun), que resolve ajudar Dong-eun com o seu plano, entre outros personagens, vítimas de alguma violência. Nós também entendemos o passado Park Yeon-jin e seu grupo de amigos, e vemos que eles não sentem nenhum remorso pelo que fizeram com as vítimas e esse é o ponto que ajuda Dong-eun a levar a sua vingança adiante. 
A história trata o tema sobre violência de forma bastante sensível. Apesar de Dong-eun ser a protagonista e colocar toda a sua vida em busca de um plano de vingança, outros personagens tiveram as suas vidas arruinadas por conta de violências físicas e psicológicas. 


the glory - a lição

Dong-eun é a nossa anti-heroína, que busca a justiça por ela e por outras vítimas, e a sua vingança é pautada em desestabilizar Park Yeon-jin e seu grupo de amigos, trazendo a sua ruína. No decorrer da história, percebemos que o plano de Dong-eun talvez não daria certo se os seus algozes não fossem pessoas gananciosas, violentas e cruéis. Provavelmente, se eles tivessem mudado, talvez o plano de Dong-eun falharia, porque ela não suja as mãos em nenhum momento. 


Eu levei dois dias para assistir à parte 1 e um dia para assistir à parte 2, pois o drama é completamente viciante.  Fiquei muito satisfeita com como as coisas aconteceram na trama e o lado que a história tomou.  Acredito que as decisões dos personagens são fiéis ao que eles eram. Vi muitas pessoas comentando que não gostaram do final do personagem Ha Do-yeong (Jung Sung II), marido da Park 


Yeon-jin. Mas acredito que criaram muita expectativa desnecessária para esse personagem, que cumpriu bem com o seu papel na história.


A atuação da Song Hye-kyo está esplêndida, não tenho palavras para descrever a dedicação dessa mulher em viver essa personagem tão sofrida.

 
The Glory entrega tudo em 16 episódios, você não consegue ficar nenhum segundo longe da tela. Você pode assistir The Glory na Netflix.


Se você gostou de The Glory, você também pode gostar de:
[Resenha Doramas] Strangers From Hell | 타인은 지옥이다
[Resenha filmes ]The Call (A Ligação) 2020
[Resenha Doramas] Little Women (2022) - As três irmãs
[Resenha Doramas] Flower of Evil | 악의 꽃



Título: It's Okay to Not Be Okay | 사이코 지만 괜찮아

Emissora: tvN

País: Coréia do Sul

Ano: 2020

Sinopse: Moon Gang-tae ( Kim Soo-hyun ) vive com seu irmão mais velho, Moon Sang-tae ( Oh Jung-se ), que tem autismo . Eles freqüentemente se mudam de cidade em cidade desde que Sang-tae testemunhou o assassinato de sua mãe. Gang-Tae trabalha como zelador em uma enfermaria psiquiátrica em cada lugar onde eles se instalam. Enquanto trabalhava em um hospital, ele conhece um famoso escritor de livros infantis, Ko Moon-young ( Seo Yea-ji ), que diz ter personalidade anti-social.

As circunstâncias levaram Gang-tae a trabalhar no Hospital Psiquiátrico OK em Seongjin City, a mesma cidade onde todos viveram quando eram jovens. Enquanto isso, Moon-young cria uma obsessão romântica para Gang-tae depois de descobrir que seus passados ​​se sobrepõem. Ela o segue até Seongjin, onde o trio (incluindo Sang-tae) lentamente começa a curar as feridas emocionais um do outro. Eles desvendam muitos segredos, buscam conforto um no outro e avançam em suas vidas.


Resenha:

Esse dorama me surpreendeu, eu já estava em um hiatus de dramas coreanos por uns 3 anos, assistindo apenas alguns, mas It's Okay to Not Be Okay trouxe uma nova fórmula de enredo coreano, o que eu não estava acostumada.

Todos os atores e atrizes, de certa forma foram importantes na história, que possui um começo sombrio e bastante depressivo para os personagens principais. 

Ko Moon-young (Seo Yea-ji) tem uma personalidade anti-social, não possui empatia pelas pessoas a sua volta, o que é bem estranho para uma escritora infantil de sucesso. Moon Gang-tae (Kim Soo-hyun) é um cuidador de pessoas em um hospital psiquiátrico, ele é gentil, e é o irmão mais novo de  Moon Sang-tae(Oh Jung-se). San-tae tem autismo, e um trauma de infância, por isso os dois sempre mudam de cidade na primavera.

Quando Ko Moon-young e Moon Gang-tae se conhecem, há bastante confusões, eles tem personalidades opostas e não se entendem, mas por algum motivo, Ko Moon-young deseja Moon Gang-tae, e ele se sente como um brinquedo nas mãos de uma mulher rica.

A história é bastante dramática e significativa. A história dos dois irmãos é linda, ambos têm os seus traumas, e os dois sempre se ajudam em tudo. Ko Moon-young é a nossa anti-heroína, que com a ajuda dos irmãos pode ou não descobrir um lado menos sombrio da vida. Com um passado traumático, Ko Moon-young não se interessa pelas pessoas e terá que aprender sobre empatia e amor.


Eu não vou dizer que esse dorama não me fez chorar, porque fez. Chorei do começo ao fim. Os livros infantis da Ko Moon-young são intensos e arrebatadores, acredito que esse drama tem uma riqueza e delicadeza nos detalhes, que até quem nunca assistiu a um dorama não vai conseguir segurar as lágrimas. 

Recomendo demais It's Okay to Not Be Okay, principalmente os livros que eu mais gostei: O menino que se alimentava de pesadelos e Em busca da feição. Você pode encontrar o dorama na Netflix e os livros pela editora Intrínseca.

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Sou escritora, formada em Licenciatura em Letras e tenho me aprofundado em Sociologia e Filosofia. Atualmente, atuo na área de Marketing, explorando estratégias, comunicação e comportamento humano. Minha trajetória é guiada pela busca constante por conhecimento, reflexão crítica e conexão entre ideias, pessoas e contextos sociais.


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