facebook instagram pinterest youtube
  • Home
  • Bio
  • Curso de Escrita
  • Conteúdo Gratuito
    • Planner de Escrita
    • E-book sobre escrita
  • Substack
    • Café com Escritores
    • Notas Esquecidas

 A Face Oculta de Eva

Livro: A Face Oculta de Eva

Autor(a): Nawal El Saadawi

Editora: Global

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Apesar de ser um dos países com o maior número de feminicídio do mundo, a vivência da mulher brasileira para a da mulher árabe é muito diferente. O que une as experiências é o fato de que todas estão sob o controle do patriarcado, mesmo que elas sejam afetadas pelo mesmo de forma bem diferente. Em A face oculta de Eva, livro que está na sua terceira edição pela Global Editora, a autora Nawal el Saadawi começa a desmistificar os estereótipos ocidentais que tentam definir as mulheres árabes e suas lutas, mostrando como essas mulheres são afetadas pelo sistema e como elas moldam suas lutas.

Ela faz isso ao apontar a sua caneta para as mulheres árabes comuns e suas rotinas, abordando a luta diária de mulheres que arcam com as consequências do patriarcado na pele. Os últimos acontecimentos no mundo árabe, mostram exatamente como sua narrativa se torna essencial ainda hoje: a emancipação dessas mulheres é pauta extensa em todas as discussões feministas. Com base religiosa, política e outras fontes, a autora mistura estudo com relatos pessoais - que dão rosto e voz para mulheres árabes que pensam, lutam e falam o que pensam, sempre.

“Já que são os homens que estabelecem as regras para as mulheres, eles, como não poderia de ser, permitem-se tudo o que a elas é proibido."

Resenha:

"A Face Oculta de Eva" foi o livro escolhido para a primeira Leitura Coletiva da Editora Global. É um livro escrito pela renomada autora feminista egípcia, Nawal El Saadawi, publicado em 1977.

É um livro de não ficção em que a autora disseca a condição das mulheres no mundo árabe patriarcal.

Leia as minhas primeiras impressões de A Face Oculta de Eva.

Além de opressão sofrida em sua própria casa, as mulheres não são bem aceitas no mercado de trabalho, vivem uma vida limitada ao casamento, sendo o seu único propósito o de ser mãe e esposa. 

Com uma escrita visceral, Nawal escancara o machismo difundido nos países árabes, em meio a revolução do século 21, e mostra que o feminismo árabe existe e está ganhando força.

Confesso que foi uma leitura extremamente difícil, a autora não deixa nada sem dizer, e por mais horrível que pareça saber que existem coisas como circuncisão em meninas de 6 anos, é necessário sair da ignorância. 

Além de tudo, Nawal deixa claro que não é a religião que perpetua essa opressão contra as mulheres, e sim a forma que ela é interpretada. No mundo árabe, todas as regras são forjadas para favorecer o patriarcado e as mulheres são tratadas como escravas sem seu próprio lar.

Ler tudo isso me provocou uma sensação de angústia, e pensar em como seria estar na pele dessas mulheres foi horrível. Parei diversas vezes durante a leitura, para respirar, pois havia muitos gatilhos.

Enfim, Nawal El Saadawi demonstra coragem ao expor as verdades desconfortáveis e desafiar as estruturas dominantes. O livro serve como um lembrete impactante de que a luta pela igualdade de gênero continua sendo um desafio global e urgente.

A Leitura Coletiva com a Editora Global aconteceu no dia 26/07 e foi incrível! Foi ótimo trocar uma ideia com outros leitores sobre o livro, espero poder participar mais vezes.

A Face Oculta de Eva - Leitura coletiva Editora global

Enfim, se está procurando uma leitura que aborda sobre o feminismo árabe, este livro vai abrir a sua mente. Só tome cuidado com os gatilhos!

Conheça a autora:

Nawal El Saadawi

Nawal al-Sa'dawi, (em árabe: نوال السعداوي, Nawāl as-Saʿdāwī) foi uma escritora, médica, psiquiatra e feminista egípcia.  Escreveu muitos livros sobre o tema das mulheres no Islã, prestando especial atenção à prática da mutilação genital feminina em sua sociedade. Ela foi descrita como "a Simone de Beauvoir do mundo árabe".
Fundadora e presidente da Associação de Solidariedade das Mulheres Árabes (AWSA) e co-fundadora da Associação Árabe para os Direitos Humanos. Ela recebeu graus honorários em três continentes. Em 2004, ganhou o Prêmio Norte-Sul do Conselho da Europa. Em 2005, ganhou o Prêmio Internacional Inana na Bélgica e em 2012, o Internacional Peace Bureau concedeu-lhe o Prêmio Sean MacBride da Paz. Fonte: Wikipédia

Compre A Face Oculta de Eva na Amazon.


 A Máquina do Tempo, H. G. Wells

Livro: A Máquina do Tempo

Autor(a): H. G. Wells

Editora: Editora Pandorga

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

Sinopse: A bordo de sua Máquina do Tempo, o cientista que narra esta história parte do século XIX para o ano de 802701. Nesse futuro distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. A Terra é habitada pelos dóceis Eloi, uma espécie que descende dos seres humanos e já formou uma antiga e enorme civilização. Mas os Eloi parecem ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos. Quando a Máquina do Tempo que levou o Viajante some, ele é obrigado a descer às profundezas para recuperá-la e voltar ao presente.

Chamado de gênio e considerado um pioneiro, Wells abriu caminho não só para seus livros e sua visão de mundo, mas para novas possibilidades na literatura.

“Um animal em perfeita harmonia com seu ambiente é um mecanismo perfeito.”

Resenha: 

A Máquina do Tempo, escrito por H.G. Wells, é um clássico da literatura de ficção científica que cativa leitores há mais de um século. Publicado pela primeira vez em 1895, o livro se destaca por sua narrativa envolvente e por explorar a temática do tempo de maneira única. 

O livro conta a história de um cientista, inventor e visionário conhecido apenas como Viajante do Tempo. Ele cria uma máquina do tempo e embarca em uma jornada através das eras, desvendando os mistérios do futuro distante. O enredo se desenrola de forma surpreendente, dividindo-se em duas partes distintas. A primeira leva o leitor a um futuro utópico, a humanidade deixou duas espécies posteriores como legado: os Eloi, seres delicados e semelhantes a crianças, e os Morlocks, criaturas subterrâneas temíveis. 

Os Eloi vivem na superfície e tem tudo fácil, eles possuem toda a riqueza e vivem preguiçosamente, sem ter obrigações e estresse. O único medo dos Eloi é a escuridão, que escondem criaturas que eles acreditam que podem os devorar. Os Morlocks, habitantes do subterrâneo vulneráveis à luz, não poupam esforços para sobreviver. Eles são trabalhadores e não são nada frágeis, vivem para trabalhar para os Elois. Nesse contexto, Wells apresenta críticas à sociedade industrializada e às desigualdades sociais.

Os Elois são a representação de uma classe social mais alta, cheia de privilégios e riquezas incontáveis, que se perderam em suas vaidades e preguiças e não sabem ou não tem interesse por nada que não seja os seus próprios desejos. Os Morlocks representam a classe trabalhadora, distante dos Elois, eles trabalham para saciar a sede dessas criaturas egoístas. Os Morlocks são mais brutos, pois eles carregam o peso de todo o trabalho.

O Viajante observa o futuro com muito interesse, e é no seu ponto de vista que vamos entendendo um pouco mais sobre onde o autor quer chegar com as críticas sociais do livro.

Na segunda parte, o protagonista continua sua jornada e chega a um futuro ainda mais distante, em um cenário pós-apocalíptico. Essa parte do livro aborda questões filosóficas e explora temas como a decadência da humanidade e o fim de todas as coisas.

A escrita de Wells é cativante e habilmente estruturada, o que contribui para a imersão do leitor nessa jornada temporal. Seus detalhes vívidos e descrições cuidadosas dão vida aos ambientes e personagens, proporcionando uma experiência rica em imaginação.

A Máquina do Tempo é um livro que transcende o tempo, conquistando leitores de diferentes gerações com sua mistura única de ficção científica, crítica social e reflexões filosóficas. A habilidade de H.G. Wells em explorar os limites do tempo e criar um mundo imaginário envolvente é notável. Essa obra clássica continua a inspirar e intrigar, convidando-nos a refletir sobre o destino da humanidade e a nossa própria relação com o tempo.

A edição que eu comprei é de um box do H. G. Wells da Editora Pandorga. O 3 livros tem capas que parecem quadrinhos antigos. Compre essa edição na Amazon.

O Poço da Ascensão, Brandon Sanderson

Livro: O Poço da Ascensão

Série: Mistborn: Nascidos da Bruma

Autor(a): Brandon Sanderson

Editora: LeYa

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

Sinopse: A queda do Império Final trouxe a esperança. E despertou mistérios assustadores.

Numa sucessão de golpes de sorte, Elend Venture subiu ao trono de Luthadel, a principal cidade do Império Final. Nos meses que seguiram a queda do Senhor Soberano e a dissolução de seu governo, o novo rei revolucionou as relações entre os skaa – a classe social mais baixa – e os nobres, atraindo a atenção dos diversos governantes das outras partes do grande império.

Dentro das muralhas de Luthadel, o perigo espreita de todos os lados. Assassinos de aluguel alomânticos ameaçam a vida do rei, a desconfiança generalizada faz a população temer pelos rumos da cidade e desejar o retorno do Senhor Soberano, e um inverno inclemente se aproxima. Elend, Vin e o bando de Kelsier tentam manter o controle a todo custo, mas os piores inimigos ainda estão por vir.

Fora das muralhas, arma-se um cerco militar gigantesco. À frente dele, Straff Venture, o pai de Elend, um tirano cruel e desesperado pelo poder, busca invadir Luthadel. E ele não está sozinho.

Reviravoltas e surpresas marcam este segundo volume da trilogia Mistborn - Nascidos da Bruma. O destino de todo o Império Final está envolto nas brumas, e apenas uma força sobrenatural será capaz de desvendar os mistérios que assolam seus habitantes.

“As profecias nunca foram feitas para dizer nada específico, mas falar de um sentimento geral. Uma esperança geral.”

Resenha:

O livro O Poço da Ascensão é o 2º volume da série da fantasia Mistborn, escrita por Brandon Sanderson, um dos maiores nomes do gênero na atualidade.

A história começa logo após os eventos de Mistborn: O Império Final, o primeiro livro da trilogia 

Mistborn. Com o Senhor Soberano morto, a cidade de Luthadel está em um estado de caos e incerteza. Um ano se passou desde os acontecimentos liderados por Kelsier. Sem sua liderança, os seus seguidores precisam carregar o peso que é conduzir um governo.

A protagonista, Vin, uma poderosa Alomante, tem que enfrentar não apenas os desafios políticos e sociais da cidade, mas também suas próprias dúvidas e inseguranças. 

Nesta continuação, o leitor é apresentado ao novo vilão da trama, Zane, um alomante ainda mais poderoso que Vin, que a desafia em todos os sentidos. Enquanto isso, Elend Venture, começa a se envolver mais na política da cidade, buscando estabelecer uma nova ordem social. Ele precisa carregar o peso da coroa e estabilizar o império.
Uma das características mais marcantes de O Poço da Ascensão é a construção de mundo detalhada e envolvente. Sanderson cria um sistema de magia complexo e original, baseado na ingestão de metais e seus efeitos no corpo humano. Esse sistema, chamado de alomancia, é explorado de maneira inteligente e criativa ao longo da história.

Além disso, a narrativa é repleta de reviravoltas e surpresas, mantendo o leitor sempre intrigado e ansioso para descobrir o que acontecerá a seguir. Sanderson também aborda temas como poder, política e ética de maneira profunda e complexa, criando personagens multifacetados e interessantes.
O que eu mais gosto desse livro, são as reviravoltas políticas, e os rumos que a história vai tomando. Brandon deixa um gancho muito bom para o terceiro livro,  Herói das Eras. Eu também gosto muito do sistema de magia, é algo que não se vê em outros livros de fantasia.
Sazed é um dos personagens mais intrigantes do livro. Ele sempre parece saber mais do que está dizendo. Ele é o Terrisman, estudioso responsável por armazenar memórias de todas as religiões que já existiram.

Para mim, os pontos negativos do livro é o romance (mesmo que pouco mencionado no livro) da Vin e do Eland. É um livro repleto de tensão política, e não acho que esse romance se encaixa bem na história. 

Eu não gosto muito do perfil do Eland, não o vejo como protagonista, acho que ele atrapalha um pouco a evolução da Vin. Também sinto falta do Kelsier, sinto falta de um líder na história. É como se todos os personagens estivessem perdidos sem ele. Sem dúvida, Brandon construiu uma lenda.

Em termos de escrita, o livro é bem estruturado e fluido, com diálogos bem construídos e descrições detalhadas. O autor também utiliza recursos como flashbacks e pontos de vista alternados para enriquecer a narrativa e proporcionar diferentes perspectivas sobre a história. Creio que o impacto do segundo livro não foi tão grande quanto o primeiro, mas ainda assim, é uma história incrível, que deve ser continuada.

Enquanto não leio o terceiro livro da trilogia, permaneço curiosa para saber como essa história termina. 
Compre Mistborn: O Poço da Ascensão na Amazon:


Leia também:

[Resenha] Mistborn - O Império Final, Brandon Sanderson

 Kim Jiyoung, nascida em 1982

Livro: Kim Jiyoung, nascida em 1982

Título Original: 82년생 김지영 (Palsip Yi Nyeon Saeng Kim Jiyeong)

Autor(a): Cho Nam-Joo

Editora: Intrínseca

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Com narrativa sutil e, ao mesmo tempo arrebatadora, Kim Jiyoung, nascida em 1982, retrata a realidade de uma jovem coreana e os profundos impactos da desigualdade de gênero na vida das mulheres.

Em um pequeno apartamento nos arredores da frenética Seul vive Kim Jiyoung. Uma millennial comum, Jiyoung largou seu emprego em uma agência de marketing para cuidar da filha recém-nascida em tempo integral ― como se espera de tantas mulheres coreanas. Mas, em pouco tempo, ela começa a apresentar sintomas estranhos, que preocupam o marido e os sogros: Jiyoung personifica vozes de outras mulheres conhecidas ― vivas e mortas. A estranheza de seu comportamento cresce na mesma proporção que a frustração do marido, que acaba aconselhando a esposa a se consultar com um psiquiatra.

Toda a sua trajetória é, então, contada ao médico. Nascida em 1982 e com o nome mais comum entre as meninas coreanas, Kim Jiyoung rapidamente se dá conta de como é desfavorecida frente ao irmão mimado. Seu comportamento sempre é vigiado e cobrado pelos homens ao seu redor: desde os professores do ensino fundamental, que impõem uniformes rígidos às meninas, até os colegas de trabalho, que instalam uma câmera escondida no banheiro feminino para postar fotos íntimas das mulheres em sites pornográficos. Aos olhos do pai, é culpa de Jiyoung que os homens a assediem; aos olhos do marido, é dever dela abandonar a carreira para cuidar da casa e da filha.

A vida dolorosamente comum de Kim Jiyoung vai contra os avanços da Coreia do Sul, uma vez que o país abandona as políticas de controle de natalidade e “planejamento familiar” ― que privilegiava o nascimento de meninos ― e aprova uma nova legislação contra a discriminação de gênero. Diante de tudo isso, será que seu psiquiatra pode curá-la ou sequer descobrir o que realmente a aflige? Best-seller internacional, Kim Jiyoung, nascida em 1982 é uma obra poderosa e contemporânea que não só atinge o âmago da individualidade feminina, como também questiona o papel da mulher em âmbito universal.

"Naquela época, as pessoas acreditavam. Que era responsabilidade dos filhos homens levar honra e prosperidade para a família e que a prosperidade e a felicidade da família dependiam do sucesso deles. As filhas sustentavam os irmãos homens com prazer."

Resenha:

Kim Jiyoung, nascida em 1982 foi lançado em 2016, e escrito por Cho Nam-Joo, ex-roteirista de televisão. O livro conta a história de uma mulher jovem que após se tornar mãe, deixa o emprego para cuidar da filha e isso desencadeia alguns sintomas.

Jiyoung tem um casamento estável, possui 33 anos e mora em Seul, na Coreia do Sul com a sua família. Ela abdica da sua carreira profissional em uma agência de marketing para cuidar da filha, do marido e da casa. Um ano após essa decisão, Jiyoung  passa a apresentar um comportamento estranho, associado talvez a depressão pós-parto e ao sentimento de ser uma dona de casa desvalorizada. Ela personifica vozes de outras mulheres, vivas ou mortas, mas que já cruzaram com ela de alguma maneira. Isso começa a preocupar o seu marido, e por isso, ele procura um terapeuta.

A partir daí, a história volta no tempo para acompanharmos toda a vida de Jiyoung. Desde a sua infância, época da faculdade, até a vida adulta.

Em sua infância, Jiyoung convive com os pais, os irmãos e a avó. Desde criança é mostrado um cenário de desvantagens onde Jiyoung cresceu. Na época, era comum que se abortassem bebês do sexo feminino na Coreia do Sul, em razão da política de controle de natalidade, fazendo com que as famílias fossem devotas da gestação do “filho homem”. Jiyoung tem uma irmã mais velha e um irmão mais novo, que sempre foi o predileto da família. 

A história também conta um pouco do passado da mãe de Jiyoung, e mostra que o machismo estrutural passado por gerações, vão se consolidando, mesmo com a mudança das décadas. 

Kim Jiyoung, nascida em 1982

O livro tem como tema central, mostrar o machismo sofrido pela protagonista, e por outras mulheres da história, e mesmo se passando na Coreia do Sul, não é difícil não se identificar com as histórias dessas mulheres. Coisas como o bullying praticado pelos meninos da escola, o assédio, a punição de meninas com a justificativa ridícula de que elas são problemáticas, além da desvalidação das opiniões das mulheres.

Em dado momento, durante a história, eu estava me identificando com situações que antes eu não considerava problemática, mas que me causaram aflições a vida toda.

O livro coloca em pauta o papel da mulher na sociedade, e principalmente a mulher coreana, que ainda é colocada na posição apenas de mãe e dona de casa. Além de trazer um panorama sobre a sociedade patriarcal da Coreia do Sul, e que muitas vezes é um panorama mundial.

O marido de Jiyoung, por melhores que fossem as suas intenções, associa os episódios de personificação da esposa, a “loucura”, e procura um psiquiatra. Isso é mais uma coisa que a autora quer mostrar em relação ao machismo estrutural, e como é fácil associar a mulher deprimida e cansada de sua vida marcada pelas regras do patriarcado, a um episódio de loucura.

A trama acompanha notas de rodapé com dados que sustentam a discriminação de gênero no país.

O livro teve um impacto muito grande na Coreia do Sul em 2016, quando foi publicado, mas se tornou um fenômeno de vendas nacionais e internacionais. A obra também foi adaptada para o cinema em 2019 e chegou a sofrer inúmeras retaliações de grupos antifeministas e conservadores com petições online para que sua exibição fosse proibida. O filme é estrelado por Jung Yu-mi (Invasão Zumbi) e Gong Yoo (Goblin, Invasão Zumbi e Round 6).

É uma leitura seca, e difícil de lidar, mas que precisa ser lida.

Você pode comprar o livro no meu link da Amazon. Compre no meu link e ajude ao blog a crescer.

 Mansão Gallant, V. E. Schwab

Livro: Mansão Gallant

Autor(a): V. E. Schwab

Editora: Galera Record

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Da autora best-seller de A vida invisível de Addie LaRue, o novo livro de V. E. Schwab, Mansão Gallant, é uma história gótica e envolvente sobre um lugar onde as sombras encontram a luz e onde a morte encontra a vida. Leia com as luzes acesas (ou apagadas, se tiver coragem).

V. E. Schwab, autora best-seller número 1 do New York Times, em uma história sinistra e original sobre o lugar onde o mundo se encontra com as sombras, e sobre a jovem que é atraída para lá. Uma mistura de O jardim secreto com Crimson Peak, é a leitura perfeita para fãs de Holly Black e Neil Gaiman.

Olivia Prior sempre sonhou em ter uma família que se importasse com ela. Mas, em vez disso, ela está confinada na Escola Merilance para Garotas Independentes, com as suas governantas severas e com as outras alunas que a excluem por ser muda. Sua única fonte de conforto é o diário deixado pela mãe que nunca conheceu, com o qual consegue ter lampejos de uma vida desconhecida.

Quando recebe uma inesperada carta de um tio, Arthur Prior, convidando-a para morar com ele na Mansão Gallant, Olivia imediatamente agarra a oportunidade. Porém, ao chegar em Gallant, ao invés de uma recepção calorosa, a garota é recebida com espanto. Além do mais, todos parecem viver com medo, e ninguém quer explicar o motivo para Olivia. Decidida a não abrir mão da família recém-descoberta, a jovem terá que desvendar, e enfrentar, os mistérios que envolvem como uma névoa a Mansão Gallant.

"Um livro arrepiante... O horror gótico e sensível de Shirley Jackson se encontra com a força e o mundo fantástico e sombrio de Neil Gaiman." - Publishers Weekly

"Vai prender os leitores com a história arrebatadora, os personagens bem construídos e uma trama repleta de horror fantástico." - Kirkus Reviews

“Lar é uma escolha.”

Resenha:

Estava curiosa para começar esse livro há algum tempo, pois além de se tratar de uma história de Victoria Schwab, uma das minhas autoras favoritas, a capa e a sinopse me atraíram bastante.

Conta a história de Olivia Prior, uma órfã que vive na Escola Merilance para Garotas Independentes. O seu único desejo é ter uma família. Olivia é excluída pelas outras garotas, pois não consegue falar (apesar de não ser surda), e vive cercada de governantas severas. Nunca conheceu os pais, pois foi parar na escola desde pequena, e o seu único pertence é o diário sombrio da mãe, que contêm textos, que Olivia entende que a mãe estava desequilibrada antes de morrer.

Um dia, Olivia recebe uma carta inesperada do tio que nem sabia que tinha, Arthur Prior, convidando-a para morar com ele na Mansão Gallant. Ela acredita que é a grande oportunidade para ter uma vida nova, longe de Merilance e longe dos espectros que aparentemente somente ela conseguia ver.

Mansão Gallant

Mas quando Olivia enfim chega a Gallant, não tem uma recepção calorosa dos seus parentes. Olivia conhece o seu primo Matthew Prior, que trata a garota com muito desprezo. Hannah e Edgar são os únicos que trabalham na casa, e se não fossem por eles, Olivia não teria mais onde dormir. Assim, ela vai ficando em Gallant e vai descobrindo que a mansão é bem diferente do que esperava. O seu primo, Edgar e Hannah parecem se sentir oprimidos morando em Gallant, e existe muito mistério em relação a sua família. A começar pelos diários da mãe, que Olívia percebe, conta muito sobre aquela casa.
Por mais sombrio que o lugar parece, Olívia vai escolher ficar, para desvendar os segredos da sua família e do seu nascimento.


Gallant

Mansão Gallant é uma história de fantasia gótica, e para quem é fã de Coraline, é um prato cheio. Eu gosto bastante da narrativa, e dos elementos sombrios encontrados nos detalhes da história. Fiquei muito envolvida na trajetória de Olivia, em como ela é uma garota madura, apesar da vida ter tirado tanto dela. E mesmo vivendo neste mundo sombrio, ela sempre tem esperanças.
Victoria Schwab sabe usar as palavras para abrir a nossa imaginação para o mundo que ela criou. Mansão Gallant é uma história sobre pertencimento, esperanças e amor-próprio. A narrativa é linda e comovente.


Mansão Gallant

Eu tenho a edição em inglês e a edição em português da Galera Record ou simplesmente amo as duas edições. As capas são lindas e harmônicas, elas conseguem passar bem o sentimento do livro. Também amei as ilustrações do livro, acredito que deixou o livro mais rico e bonito.
 
Mais um livro que indico da Schwab, leiam e me contem o que achou da história.


Mansão Gallant

Compre a Mansão Gallant na Amazon:



Se você gostou deste livro, leia essas resenhas de outros livros da autora:
[Resenha] Um tom mais escuro de magia, V. E. Schwab
[Resenha] A Vida Invisível de Addie LaRue, V. E. Schwab




 Uma Magia Destilada em Veneno

Livro: Uma Magia Destilada em Veneno

Série: Os Livros do Chá

Autor(a): Judy I. Lin

Editora: Galera Record

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Eleito pela revista People como o melhor livro da temporada, Uma magia destilada em veneno foi best-seller do New York Times, USA Today, Publisher’s Weekly e da Associação Americana de Livrarias.

Filha de um médico e de uma mestre da arte Shénnóng, Ning estava conformada com o arranjo familiar em que seguiria os passos do pai enquanto a irmã, Shu, seguiria os da mãe. Mas quando um chá envenenado leva sua mãe à morte e adoece gravemente sua irmã, os desejos secretos do coração de Ning se misturam à busca pelo antídoto que salvará Shu.

A jornada de Ning a leva até o palácio, onde será realizada uma competição para escolher o novo mestre Shénnóng da corte. O prêmio? Um pedido concedido pela própria princesa. Desesperada para salvar Shu, Ning vê na competição sua única alternativa e, mesmo não sendo a aprendiz da mãe, decide arriscar se passar pela irmã para competir. O que ela não imaginava é que as políticas da corte poderiam ser mais perigosas do que o chá envenenado que vem assolando todo o império de Dàxi?

Agora, Ning está sozinha na capital e cheia de segredos que podem não só eliminá-la da competição como condenar sua família a um destino terrível. Além disso, ainda precisará provar suas habilidades no preparo de chás com propriedades lendárias enquanto se vê cada vez mais envolvida nas intrigas da corte, as provações cada vez mais perigosas da competição e os falsos aliados que podem pôr em risco seu objetivo de salvar Shu — e a própria vida.

"A narrativa exuberante e descritiva ilustra bem o cenário mágico bem construído deste universo, e cada reviravolta na história surpreende e encanta, fazendo desta uma fantasia rica em cada página. Tanto um thriller político quanto uma fantasia, vai agradar aos leitores de A Viúva de Ferro, de Xiran Jay Zhao, e Prazeres Violentos, de Chloe Gong. O final fará com que os leitores imploram pela sequência." — School Library Journal.

"Agora entendo. A magia não está na cerimônia do chá ou na partilha de uma xícara. Está na conexão, na breve união de almas. As folhas de chá são um canal e os ingredientes, as indicações"

Resenha:

Uma Magia Destilada em Veneno é um livro de Fantasia Chinesa da autora Judy I. Lin. Foi eleito o melhor livro da temporada revista People e é um best-seller do New York Times, USA Today, Publisher’s Weekly e da Associação Americana de Livrarias.

Só pela capa a gente já consegue captar muito da essência da história. Adorei a arte de capa da editora Galera Record, eles capricharam demais, ansiosa para ver a capa do segundo livro.
A história é sobre Ning, uma garota simples que mora em um interior da capital de Dàxi, um reino que está passando por algumas revoltas. Dentre essas revoltas para desestabilizar o império, existe o misterioso Sombra, que está envenenando os Chás e matando diversas pessoas.

A mãe de Ning era uma Mestre Shénnóng, ela conseguia dominar a arte da Magia do Chá. Mas por causa da Sombra, ela morreu envenenada. Ning vive em remorso, pois foi aquela quem preparou o Chá mágico para a sua mãe e para a sua irmã, que também está doente por conta do veneno.

Ning e Shu (sua irmã) também são filhas de um médico, Ning era a aprendiz do seu pai, mas mesmo um médico não consegue curar um envenenamento tão poderoso de um Shénnóng-shi(Mestre Shénnóng). Shu seria a aprendiz da sua mãe (Shénnóng-tú), mas como Shu está doente, Ning resolve entrar em uma competição de Shénnóng-tú do palácio, para se tornar Shénnóng-shi e ganhar um favor da realeza. Ela deseja algo que possa curar a doença de Shu.

Mesmo não sendo a aprendiz da sua mãe, Ning tem uma habilidade nata com a arte do Chá e consegue entrar na competição com facilidade.

A competição tem etapas bem desafiadoras, e ao mesmo tempo, alguns Lordes Shénnóng-tú já possuem um certo favoritismo para ganhar a competição. Os jurados são altamente exigentes e os testes são enigmáticos. 

O sistema mágico é bastante diferente do que estamos acostumados com outros livros. A magia do chá tem a ver com os ingredientes, modo de preparo e do Shénnóng-shi ter afinidade com a própria magia. Cada ingrediente tem um propósito e alguns ingredientes são mais raros e só podem ser conseguidos no palácio.  

Ning também conhece Kang, um homem enigmático, que de alguma forma tem ligação com o palácio, e de primeira eles formam um laço com uma magia, e conseguem se entender muito bem. Há um romance, mas não é muito o foco da série, e neste primeiro livro, é deixado bastante de lado.

É muito interessante ver a cultura chinesa ser retratada do jeito que ela é, sem estereótipos ocidentais. Senti falta de alguns termos que foram traduzidos para o português, mas os termos mais importantes não foram traduzidos e o livro possui um glossário para que o leitor possa consultar. Outra coisa legal é que a corte de Dàxi é muito bem representada como uma corte de um antigo império chinês. Em Dàxi, os camponeses não têm vez, uma mera frase errada, é capaz de acabar com a vida de um camponês ou um criado. Os nobres vivem de luxo e muitas vezes são corruptos. Além das próprias intrigas da corte e do fato do Imperador por estar doente não aparecer muito, e a princesa está no cargo de regente. Mesmo sendo nova, a princesa consegue se sair bem em meio a falsidade e intrigas e também pode ser bastante fria e cruel.

Esse primeiro livro é um pouco parado, porque por mais que tenha como pano de fundo, uma revolta que se torna cada vez mais eminente, acredito que a autora quis mostrar as articulações da corte imperial, e o final do livro já deixa claro que o segundo volume será mais agitado que o primeiro.

A Ning é uma protagonista que não tem muito propósito na vida, por ter tido uma vida pobre e sofrida, tudo o que deseja é salvar as pessoas que ama, mas o seu desenvolvimento ao longo da história é bastante notório.

Estou ansiosa para ler o último livro da duologia e saber o que vai acontecer com os personagens e com o império.

Você pode comprar Uma Magia Destilada em Veneno na Amazon:


 A Vida Invisível de Addie LaRue Victoria schwab

Livro: A Vida Invisível de Addie LaRue

Autor(a): V. E. Schwab

Editora: Galera Record

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐

Sinopse: Uma vida que ninguém lembra. Um livro que ninguém esquece.

Em A vida invisível de Addie LaRue, o aguardado best-seller de V.E. Schwab, conheça Addie e se perca em sua vida invisível — porém memorável.

França: 1714. Addie LaRue não queria pertencer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.

Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre — apesar de fadada ao esquecimento — até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.

Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz.

Ele enuncia cinco palavras.

Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo:

Eu me lembro de você.

Uma jornada inspirada no mito faustiano sobre busca e perda, eternidade e finitude e, acima de tudo, uma questão: até onde se vai para alcançar a liberdade? Best-seller do The New York Times e recomendado pelo Entertainment Weekly, A vida invisível de Addie LaRue é um livro inesquecível e que colocou V.E. Schwab entre as principais autoras de fantasia da atualidade.

"Para alguém fadada ao esquecimento, Addie LaRue se provou uma personagem deliciosamente inesquecível, e sua história é uma celebração da imortalidade." - Neil Gaiman

"Perfeitamente equilibrada entre escuridão e luz, mito e realidade. Essa história é, ironicamente, inesquecível." - Alix E. Harrow

"A vida invisível de Addie LaRue irá enfeitiçar os leitores da mesma forma que a protagonista é enfeitiçada." - Naomi Novak


“Não quero pertencer a ninguém, senão a mim mesma. Eu quero ser livre. Livre para viver e encontrar meu próprio caminho, para amar ou para ficar sozinha, mas pelo menos é minha escolha, e estou tão cansada de não ter escolhas, com tanto medo dos anos que passam correndo sob meus pés. Não quero morrer como vivi, o que não é vida.”

Resenha:


A Vida Invisível de Addie LaRue é um romance Best Seller da minha querida autora Victoria Schwab. O livro é volume único, e traz um enredo diferente de tudo o que a autora já escreveu.

A história é sobre uma garota chamada Adeline LaRue, que vivia na França no século XVII em um vilarejo chamado Villon. Também conhecida como Addie, ela não se sentia satisfeita com a vida pacata no vilarejo e sempre quis conhecer o mundo. Addie não gosta de se sentir prisioneira das poucas possibilidades que o seu mundo oferece. 

Forçada a se casar ainda jovem, Addie se desespera, foge para a floresta, e reza para os deuses antigos, pedindo que a salve do seu infortúnio. Addie esquece um um dia foi advertida pela sua amiga Estele , a não rezar a noite, para não chamar os deuses da escuridão, pois eles eram traiçoeiros.

Addie reza pela sua liberdade e com uma escolha incorreta de palavras durante a sua oração, ela sela um pacto com o deus da escuridão. Neste pacto, Addie possui a imortalidade, até que não queira mais viver, e então a sua alma será levada por Luc, o deus da escuridão. Só que Addie tinha pedido liberdade, e não queria que ninguém a visse, para que ela fosse livre. Com essa péssima escolha de palavras, ela acaba ganhando a sua tão sonhada liberdade, mas em contrapartida, ela se tornará incapaz de ser lembrada por alguém e de deixar uma marca no mundo. Somente Luc irá se lembrar dela.

Addie procura pela sua família depois da fuga e percebe o preço alto que deve pagar. Nem a sua mãe e nem o seu pai lembram mais dela. Triste e desiludida, ela deixa Villon e tenta reconstruir a sua nova vida. Todos os dias conhece pessoas novas e é esquecida. Não consegue formar laços com mais ninguém e à medida que o tempo passa, Addie percebe as graves consequências daquele pedido, mas ela recusa a se render para a escuridão e lhe dar a sua alma. Mesmo vivendo situações de fome, medo e perda da própria dignidade, Addie sempre pensa que a vida tem muita a oferecer.

A história é intercalada entre o passado e presente de Addie. O livro transita entre os primeiros anos de sua imortalidade no século XVII  e seu presente, trezentos anos depois, em Nova York. No meio disso tudo, Addie conhece Henry, a única pessoa que consegue lembrar dela. Intrigada,  Addie resolve conhecê-lo melhor e eles percebem que tem vários aspectos incomuns em sua vida. Henry também sempre se sentiu invisível, sempre foi ignorado pelos outros. Eles se entendem bem e começam um relacionamento onde aprendem mais sobre si mesmos.

A escrita da Victoria é brilhante e instigante, só que não posso dizer que esse tipo de história me atrai atenção, não gosto muito de histórias que intercalam o passado com o presente, e muito menos com o foco mais em drama. Confesso que li esse livro pela autora, e que por ser um livro da Victoria Schwab, coloquei minhas expectativas lá em cima. E me decepcionei!

Não porque a escrita é ruim, ou porque a história é ruim. Eu esperava algo mais sombrio, pois já estava acostumada com o estilo de escrita sombrio da Victoria em outros livros. Acredito que A Vida Invisível de Addie LaRue não é um livro ruim, mas também não é um livro para mim. Me encontrei várias vezes pensando se estava lendo algo do John Green (Eu não costumo gostar de livros do gênero de drama). Eu não gostei da história como um todo, simplesmente porque esperava algo mais fantasioso, e me deparei com um drama jovem. Mas isso não faz da história ruim, muito pelo contrário. O ponto forte da história é a identificação com os medos e anseios dos personagens principais. Eu só não gosto desse tipo de narrativa.

Acho que o que eu menos gostei no livro, foi o romance entre a Addie e o Henry. Achei muito sem graça, acredito que eles funcionam muito mais como amigos. Mas compreendo que o romance teve o seu propósito na história e fiquei satisfeita com o final do livro. Também não gostei de todos os personagens. Não consegui me identificar nem mesmo com a Addie. 

Luc parece ser um personagem intrigante e relevante na história, gosto do caráter de vilão que ele possui, principalmente sobre o mistério. Se a Schwab seguisse com uma narrativa mais sombria (algo mais parecido com o seu estilo em outros livros), tenho certeza que ela abordaria mais sobre a história mística do Luc. Também senti falta do Realismo Mágico próprio do estilo da autora nesse livro. Mas isso é um sentimento que eu tenho como fã da autora, ela não é obrigada a seguir o mesmo estilo de narrativa sempre.

Enfim, muitos leitores dividem opiniões entre gostar ou não desse livro. Acredito se tratar de um bom livro, mas com uma história e narrativa diferente de tudo o que a autora já escreveu. Minha dica é: desapegue das outras histórias que a Victoria escreveu.

Compre o livro na Amazom:


Leia também:

[Resenha] Um tom mais escuro de magia, V. E. Schwab

[Resenha] Mansão Gallant, V. E. Schwab

 O Livro sem Nome

Livro: O Livro Sem Nome

Autor(a): Marcos Dyonisio

Editora: Drago Editorial

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sinopse: Toda sinopse de um livro começa com o autor dizendo o nome da obra, o que neste caso não é possível, pois ele se chama: O LIVRO SEM NOME.

Por quê? A começar pelo protagonista, nenhum personagem do livro tem um nome; e este é mais um dos mistérios que se escondem em suas páginas.

Criado num mosteiro onde os monges seguem o voto de silêncio, órfão e sem lembrar nada sobre sua origem, ele foi levado ainda criança para o convívio dos monges que o criaram.

A jornada do jovem sem nome em busca da sua voz perdida, na verdade simboliza a procura por seu lugar no mundo. Enquanto avança, percorre os caminhos dos maiores mistérios da humanidade, desde a madrugada dos tempos: a morte, os sonhos, as pistas de Deus, o amor, a magia, o bem e o mal.

Do leste europeu até a França, passando pelo oriente, o livro nos mostra uma viagem para longe do castelo onde o jovem foi criado, mas que de fato, revela ser uma viagem para dentro de si mesmo, enfrentando suas sombras e medos; seus anjos e demônios, que inclusive aparecem na história. Procurando respostas que todos os seres humanos buscam desde que o primeiro da criação do mundo, mas para as quais, às vezes, nem sequer existem perguntas.

Sem ter sua própria voz, o jovem sem nome é dominado pelas vozes que vivem dentro da sua cabeça, e de todos nós. O Medo, a Culpa, a Fé, a Razão, a Dúvida, o Ódio, além das vozes do Silêncio e do Coração, tornam-se personagens atuantes neste livro e influem nos acontecimentos, para o bem e para o mal. As vozes comentam, conversam, brigam, dialogam, influem e até narram partes da história. E assim, tornam-se personagens como qualquer outro, participam da história ativamente, tornando este, um livro tão único, que não há um nome que possa defini-lo.

“Tudo era uma questão de escolha e de ser responsável por cada uma delas, tanto as certas, quanto as erradas.”



Resenha:


O livro de estreia do autor Marcos Dyonisio é uma viagem surreal para o centro de nós mesmo. A história começa quando o Jovem Sem Nome é deixado em um mosteiro. Sem Nome, sem identidade e sem memórias, esse jovem é criado para fazer o voto de silêncio quando adulto, mas a sua vida vira de ponta-cabeça, quando o Monsenhor expulsa-o do mosteiro, para que ele encontre a sua voz perdida e busque as respostas para questionamentos que nem ele mesmo se fez.

Em sua jornada, o Jovem sem nome conhece vários personagens, que vão ensiná-lo sobre a procura da sua verdadeira verdade e o seu lugar no mundo. Esses encontros e desencontros criam no Jovem a vontade de deixar a sua pegada no mundo, realizar seus sonhos.

Com uma narrativa diferente de tudo o que já vimos, o autor cria um universo de encontro de várias culturas, religiões e fé. A jornada do Jovem Sem Nome, também posso dizer, que é a jornada de todos nós. O livro traz uma visão espiritualista e filosófica sobre sincronicidades, espiritualidade e missão de vida. Uma obra para ser lida e, acima de tudo, sentida.

“Sua energia atrai tudo e todos que aparecem na sua vida.”


Confesso que a leitura chegou para mim em um momento certo, com passagens que condizem com o meu momento de vida, sobre escolhas e tudo mais. Eu acredito verdadeiramente nas palavras do autor, que independente de religiões e fé, nós vimos ao mundo para deixar a nossa marca e encontrar a nossa verdade e ouvir a nossa voz.

No meio de tantas vozes dentro de si (voz da razão, voz do medo, voz da culpa, etc), o Jovem Sem Nome parte em uma busca da própria voz, sem saber para onde vai, ele é guiado pelo mundo espiritual e tudo a sua volta conspira para que ele encontre o que procura. O final do livro é uma surpresa e ao mesmo tempo, algo que talvez já sabíamos. 

Conheci o Marcos Dyonisio em 2021 e levou um tempo para o lançamento do seu primeiro livro. O autor possui uma escrita envolvente e o estilo do livro é diferente de qualquer coisa que vocês vão ler.

Conheça o autor:

Marcos Dyonisio. Nascido no Rio de Janeiro, mora em SP há mais de vinte anos. 
Redator publicitário, sempre trabalhou com criação, mas sonhava em produzir algo autoral e, por isso, decidiu tornar-se escritor. 
O Livro Sem nome é sua primeira obra, um romance que transporta para a ficção, toda a experiência que adquiriu na sua própria busca espiritual.



Siga o autor Marcos Dyonisio no Instagram:  instagram.com/m.dyonisio/

Compre o livro físico ou e-book na Amazon:

Livro: Flores para Algernon

Autor(a): Daniel Keyes

Editora: Aleph

Sinopse: Uma cirurgia revolucionária promete aumentar o QI do paciente. Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual severa, é selecionado para ser o primeiro humano a passar pelo procedimento. O experimento é um avanço científico sem precedentes, e a inteligência de Charlie aumenta tanto que ultrapassa a dos médicos que o planejaram. Entretanto, Charlie passa a ter novas percepções da realidade e começa a refletir sobre suas relações sociais e até o papel de sua existência.

Delicado, profundo e comovente, Flores para Algernon é um clássico da literatura norte-americana. A obra venceu o prêmio Nebula e inspirou o filme Os Dois Mundos de Charlie, ganhador do Oscar de Melhor Ator, um musical na Broadway e homenagens e referências em diversas mídias.

“Estava tudo bem enquanto eles pudessem rir de mim e parecer inteligentes à minha custa, mas agora eles se sentiam inferiores ao imbecil [...] Eu os havia traído, e eles me odiavam por isso.”

Resenha:

Flores para Algernon conta a história de Charlie Gordon, um homem de 32 anos com deficiência intelectual que é convidado a fazer um experimento de aumento de QI. Apesar das suas restrições, Charlie tem uma força de vontade de aprender e de se tornar inteligente. Ele acredita que com o aumento da sua inteligência, ela possa fazer amizades e ter conversas mais profundas.

Sendo assim, Charlie se torna quase uma “cobaia” de um experimento que promete revolucionar a ciência. Ele será o primeiro indivíduo a fazer essa cirurgia, sendo que o único ser vivo em que a cirurgia deu certo é Algernon, um rato de laboratório que apresenta resultados excelentes.

 O livro é narrado em primeira pessoa, em uma espécie de diário pessoal de Charlie, chamado: Relatórios de Progressos. Esses relatórios são datados e com eles nós podemos acompanhar a evolução da escrita de Charlie e dos seus pensamentos. No começo, os relatórios são repletos de erros de ortografia, mas depois da cirurgia, ele vai aperfeiçoando não apenas a grafia das palavras, como também o vocabulário e a estrutura de seu texto.

A cirurgia é um sucesso, e com o tempo, acompanhamos a evolução de Charlie. Ele também passa por sessões de terapias, hipnoses e consultas neurológicas periodicamente. O cérebro de Charlie começa a absorver o conhecimento cada vez mais rápido, até o ponto dele saber mais que os próprios cientistas e acadêmicos.

Doutor Strauss e Professor Nemur são os cientistas que conduzem os experimentos. Tendo eles papeis importantes na vida atual de Charlie.

Ao mesmo tempo em que Daniel Keyes mostra a inocência de Charlie antes da sua cirurgia, ele também nos mostra o homem se redescobrindo por inteiro. Antes, Charlie não entendia sobre a vida, sobre os sentimentos, as pessoas e sobre ele mesmo. Aos poucos, com o seu amadurecimento, ele se choca com as duas realidades que viveu.

Charlie relembra o passado e enxerga-o de forma diferente, analisando a sua vida e redescobrindo a sua história. Ele entende o preconceito que sofreu desde a infância e, o que eu achei mais importante nesse livro, a dualidade entre ser uma pessoa deficiente e ser um intelectual. 

Há duas facetas sendo contadas no livro, de forma brilhante posso dizer. Quando Charlie entende que quando se tornou intelectual, as pessoas começam a ignorar ele, com despeito, por se sentirem inferiores a ele. E quando ele lembra que era ignorado anteriormente quando não entendia sobre o que acontecia ao seu redor.

O seu lado emocional não está preparado para acompanhar suas descobertas e sua percepção de mundo, por isso novas reflexões e antigos traumas passam a perturbar o personagem.

Sobre a escrita de Keyes , fica claro que ele escolheu a melhor abordagem para nos contar a história de Charlie. Apesar do texto fácil, Flores para Algernon não é uma leitura leve. As vivências de Charlie são tristes e cruas. O final não é feliz, mas é o esperado pelo próprio Charlie que aceita o seu destino.

O livro traz uma discussão sobre capacitismo intelectual. É triste ler sobre a ingenuidade de Charlie e perceber o seu sofrimento nas lembranças do passado. É uma leitura necessária, recomendo bastante para todos. 

 

 


 

Livro: Corrente de Ferro

Série: As Últimas Horas

Autor(a): Cassandra Clare 

Editora: Record

Sinopse: Em Corrente de ferro, a provocante sequência de Corrente de ouro, os Caçadores de Sombras precisam deter um perigoso serial killer à solta pelas ruas de Londres. Mas os segredos que escondem podem levar a uma transformação inesperada.

Parece que Cordelia Carstairs finalmente tem tudo o que sempre quis. Ela está noiva de James Herondale, por quem sempre foi apaixonada, e construiu uma nova vida em Londres na companhia de sua melhor amiga Lucie Herondale e os amigos inseparáveis de seu noivo, os Ladrões Alegres. Também está prestes a reencontrar seu pai e, acima de tudo, tem junto de si Cortana, sua lendária espada.

Mas a verdade pode ser muito mais sombria do que aparenta. O casamento dos dois é uma mentira, arranjado para proteger a reputação de Cordelia. James continua apaixonado pela misteriosa Grace Blackthorn, cujo irmão, Jesse, morreu anos antes em um acidente. Cortana, sua amada espada, queima a mão de Cordelia ao ser tocada, enquanto seu pai, após os problemas enfrentados no passado, se tornou amargo... e a raiva guardada dentro de si não está perto de ir embora. Para completar, um serial killer está mirando nos Caçadores de Sombras de Londres, cometendo assassinatos sob o manto da escuridão e desaparecendo sem deixar rastros.

Agora, Cordelia, James e Lucie – juntos, é claro, dos Ladrões Alegres – precisarão seguir as escassas pistas deixadas pelo assassino nas ruas mais perigosas da cidade.

No entanto, enquanto isso, cada um guarda a sete chaves um segredo impactante... que poderá transformar e definir, para sempre, seus destinos.

 


Resenha:

Corrente de Ferro é o segundo livro da Trilogia As Últimas Horas das Crônicas dos Shadowhunters (Caçadores das Sombras) famosa best-seller Cassandra Clare.  

Tempos depois da conclusão de Corrente de Ouro, vemos Cordélia Carstairs e James Herondale se tornando noivos, consequentemente se casando. Cordélia sabe que é um casamento de fachada e por isso não revela os seus sentimentos a James.

Cordélia e Lucie Herondale estão cada vez mais próximas de se tornarem Parabatai, mas esse é um livro em que a amizade das duas é testada. Lucie continua escondendo o segredo do Fantasma de Jesse Blackthorn, e vem se encontrando às escondidas com Grace Blackthorn, pois ambas têm o mesmo objetivo: salvar Jesse, mesmo sabendo que Grace é a principal rival no amor de Cordélia.

James ainda está confuso em relação a Grace, enquanto permanece casado com Cordélia, os dois desenvolvem uma amizade e um companheirismo mais íntimo e James não consegue entender os seus sentimentos por Cordélia.

Não vemos muito Will, Tessa, Jem e Magnus Bane nesse livro, pois alguma coisa acontece em Paris e eles saem de cena para resolver o mistério. Enquanto isso, Londres é assombrada por mais mortes de Shadowhunters, há um assassino a solta e toda a Clave está preocupada. 

Óbvio que os Ladrões Alegres entram em cena com uma investigação particular e nesse livro podemos ver sobre Christopher, Anna e Thomas (os Lighwoods), sobre Alastair Carstairs, sobre Matthew e Charles Fairchild e sobre Grace e Jesse Blackthorn.

Matthew deixa de parecer uma incógnita e mostra um pouco mais do seu coração. Thomas se mostra corajoso e um pouco aventureiro. Alastair neste livro se mostra mais maduro e arrependido com o seu passado. E Anna é Anna! Sempre maravilhosa! 

Uma surpresa para mim saber um pouco sobre o passado de Grace, fiquei até com um pouco de pena dela. Só um pouco.

Nesse livro podemos ver um protagonismo de Lucie, mesmo sendo personagem secundária, ela rouba a cena. Eu estou muito apaixonada por Lucie e Jesse, e espero que Cassandra Clare preserve esse casal.

Cordélia e James são muito perfeitos juntos, todos os diálogos são incríveis, o modo como a amizade deles é tão forte, e a confiança.

O que eu não gostei no livro foi o fato de mais uma vez Cassandra Clare colocar um triângulo amoroso desnecessário, acredito que esse plot já está muito clichê para os livros dela. 

O plot de mistério em si, foi excelente. Ninguém vai conseguir adivinhar quem é o assassino até chegar ao clímax. Estou curtindo muito o enredo desse livro e espero não me decepcionar com o último livro.

A maioria dos leitores não gostou do final de Corrente de Ferro, mas eu acredito que o final fez sentido.

Cassandra clare aborda temas problemáticos de forma excelente, como o fato das mulheres não poderem ser quem elas quiserem em relação a sociedade da época, sobre a sexualidade de alguns personagens que se mantém escondidas também por conta do preconceito, sobre bullying e as suas consequências, alcoolismo.

Posso dizer que Corrente de Ferro já é o livro que eu mais gosto da Trilogia, foi uma excelente continuação e entregou muito do universo dos Shadowhunters. Estou ansiosa para o terceiro livro!

Onde comprar:



Amazon

Leia também outras resenhas dos livros de Cassandra Clare:

Resenha Corrente de Ouro

Resenha Rainha do Ar e da Escuridão

Resenha A Dama da Meia-Noite




 
Livro: O Castelo Animado
 
Autor(a): Diana Wynne Jones
 
Série: O Castelo Animado
 
Editora: Galera Record
 
Sinopse: Mergulhe no universo mágico de Diana Wynne Jones, que inspirou a animação O castelo animado do Studio Ghibli. Nomeado pela revista Times como uma das fantasias mais icônicas de todos os tempos.
Certo dia, enquanto trabalha na chapelaria da família, a jovem Sophie é surpreendida e misteriosamente amaldiçoada por uma terrível bruxa, que a transforma em uma senhora de noventa anos. Sem saber como se livrar do feitiço e com receio de não ser reconhecida pelas irmãs, Sophie foge e acaba parando em um fantástico castelo, comandado pelo jovem e sedutor Mago Howl, cuja reputação é de devorador de corações das moças do povoado. No castelo, onde passa a trabalhar, Sophie promove uma grande transformação, mudando os hábitos de Michael, o aprendiz de mago, e de Calcifer, o demônio do fogo, responsável pela “vida mágica” do lugar.
 
Além de ficar presa no corpo de uma senhora, o feitiço impede que Sophie revele que está sob o efeito de uma maldição. Calcifer, que logo percebe o que está acontecendo, propõe que ela o ajude a se libertar do pacto que o liga ao Mago Howl, oferecendo, em troca, ajuda para quebrar a maldição da Bruxa.
 
Enquanto Sophie aprende a lidar, na inusitada rotina do castelo, com o insensível e impetuoso Howl, ela descobre um novo mundo, repleto de magias e maldições, bruxas e feiticeiros, e – o mais importante – conhece uma nova e surpreendente versão de si mesma.
 
De um modo ou outro interligadas, as histórias de Diana Wynne Jones são, definitivamente, o que você precisa para escapar do mundo real e viajar para bem longe: em um tapete diferente, para uma cidade distante, refúgio de poções mágicas, personagens fantásticos e um segredo a cada esquina. Com um projeto gráfico especialmente por Isadora Zeferino (@imzeferino), ilustradora carioca dona de trabalhos super coloridos e com clientes como Faber Castell, Globosat e Melissa, O castelo animado e as demais obras da autora são o presente ideal – para alguém que você ama ou, melhor ainda, você mesmo.



Resenha:
 
Sophie Hatter é a irmã mais velha de três irmãs. Ela e a madrasta Fanny administram uma chapelaria, que Sophia herdará no futuro. Elas vivem em uma terra chamada Ingary, e Fanny resolve decidir o futuro das outras duas filhas, Lettie e Marta. Marta é enviada para trabalhar com a feiticeira Sra. Fairfax e Lettie, deve trabalhar na confeitaria Cesari. Sophie, que herdará a chapelaria, deve ajudar a confeccionar os chapéus, enquanto Fanny administra.
 
Sophie é uma garota bastante responsável, por si só ela se enche de trabalho, e não acredita em um futuro para ela mesma. Sophia tem um talento para criar chapéus ou qualquer coisa que ela toque, mas ela não se vê como dona de uma chapelaria para sempre.
 
Na cidade, os seus chapéus se tornam um sucesso, e quando a Bruxa das Terras Desoladas vai até a chapelaria para comprar um dos chapéus de Sophia, a bruxa não se agrada e acaba se desentendendo com a garota. Chateada com a sua vida sem graça, Sophie manda a bruxa embora, mas sem saber que ela era uma bruxa.
 
A Bruxa das Terras Desoladas, não deixa por isso mesmo, e lança um feitiço que transforma Sophie em uma velha, e impede que a garota conte a qualquer pessoa sobre o feitiço. 
 
Sophie percebendo que se tornou uma velha, não se sente abatida, pois por dentro ela já se sentia como uma velha. Ela fica com medo da sua família vê-la daquele jeito, e foge para encontrar o seu destino.
 
Em sua jornada como uma velha, Sophie precisa de um lugar para se esquentar, depois de andar muito, e não encontrar nada, Sophie encontrar o Castelo Animado do famoso Mago Howl, que tem a má reputação de devorar corações de garotas bonitas. Sophie percebe que Howl não é um perigo para uma velha, e consegue se refugiar no castelo.
 
O Castelo Animado é um castelo voador que viaja por várias cidades. Lá dentro Sophie conhece Calcifer, o demônio do fogo, que reconhece que Sophie está sob algum feitiço, e propõe um pacto: Sophie deve ajudá-lo a se livrar do feitiço com Howl, e Calcifer, ajudaria Sophie a se livrar do feitiço dela.
 
Sophie também conhece Michael, o aprendiz de 15 anos do Mago Howl, e quando ela conhece Howl, ela inventa a desculpa que deveria ser a faxineira do castelo. Howl, que parece não se importar com nada que não seja a conquista de belas garotas, deixa Sophie ficar e limpar o castelo imundo.
 
Em sua aventura no Castelo Animado, Sophie aprende mais sobre aquele mundo mágico. Ela é muito responsável e sempre tenta resolver os problemas, se metendo onde não é chamada e agindo sem pedir ajuda. Sophie tem boas intenções, mas ela coloca muito peso em seus ombros por ser uma pessoa tão responsável. 
 
No decorrer da história, Sophie entende mais sobre o Mago Howl e as suas intenções, entende mais sobre si mesma.
 
Eu particularmente não esperava que a história me surpreendesse tanto. A escrita de Diana Wynne Jones é muito fantasiosa, o livro é de fácil leitura, porém há grande profundidade. Eu corri para assistir a animação com o mesmo nome, adaptada pelo Studio Ghibli em 2004. A animação tem vários pontos diferentes do livro, mas também ficou muito linda. Entre a animação e o livro, ainda prefiro o livro, pela riqueza de detalhes do mundo que Diana criou.
 
O Castelo animado é o tipo de história que deixa um gostinho de quero mais. O final é lindo, mas eu ainda queria saber mais sobre como foi a vida de Sophie do final em diante. Diana ainda conseguiu dar destaque a todos os personagens, em todos os momentos, os personagens reaparecem, e isso foi muito bom para a história.
 
Diana Wynne Jones cursou inglês em Oxford e foi aluna de C. S. Lewis e J. R. R. Tolkien. Desejo conhecer mais sobre a autora e seus livros.


Livro: O Clube das Duas Horas

Autor: Felipe Gulyas

Editora: Grimm

Sinopse: Mike estava no lugar errado e na hora errada. Quer dizer, quem nunca fumou um baseado só para relaxar? Agora ele está preso num grupo de desajustados e estranhos que toda escola evita. Mike sabe que não pertence aquele lugar, aquelas pessoas tem problemas sérios, mas é quando um deles comete suicídio que tudo muda. Mike se vê vivendo seu pior dia de novo, de novo e de novo. Enquanto tenta descobrir o que está acontecendo com ele, o garoto entra mais na vida daquelas pessoas que todos desprezam e começa a ver como o mundo pode ser um lugar injusto e cruel com quem menos merece.

 


 

O livro conta a história de Mike, um adolescente que foi pego fumando na escola, e por isso deve frequentar o Clube das Duas Horas, aulas para que tem problemas com drogas, ansiedade, depressão, dentre outros. Na escola de Mike, quem frequenta o Clube das Duas Horas são vistos como os garotos desajustados e estranhos. 

A mãe de Mike parece muito preocupada com as atitudes do seu filho, e por isso fica na sua cola, o que deixa Mike bastante irritado. 

Mike sente que não se encaixa naquele grupo, e não entende porque tem que fazer aquelas aulas. 

No decorrer da trama, um acontecimento chama a atenção de Mike, um de seus colegas tenta o suicídio, e ele começa a reviver esse dia, todos os dias. 

Para resolver esse dilema, Mike terá que conhecer melhor os seus colegas do Clube das Duas Horas, entender sobre empatia e compreensão. Ele faz amizades como Melanie e Mitchel, que os ajudam em sua jornada de auto compreensão.

Além disso, Mike entende um pouco sobre as preocupações da sua mãe em relação a ele mesmo.

O Clube das Duas Horas é um livro sobre autoconhecimento e mudança de postura. Mike representa todos nós, que cometemos erros para favorecer o próprio ego, mas a evolução do personagem é nítida.

Eu amei a forma como o Felipe Gulyas narrou os fatos. Apesar do livro ser viciante, eu não consegui ler tão rápido por conta dos estudos. 

Recomendo demais esse livro, ele é bem curtinho e tem uma capa linda. Vocês podem encontrar o e-book na Amazon.


Posts mais antigos

Oi, sou Nick!


Oi, sou Nick!

Sou escritora, formada em Licenciatura em Letras e tenho me aprofundado em Sociologia e Filosofia. Atualmente, atuo na área de Marketing, explorando estratégias, comunicação e comportamento humano. Minha trajetória é guiada pela busca constante por conhecimento, reflexão crítica e conexão entre ideias, pessoas e contextos sociais.


Siga

Seguidores

Entre em contato

Nome

E-mail *

Mensagem *

Inscrever-se

Postagens
Atom
Postagens
Comentários
Atom
Comentários

Mais vistas da semana

  • Dicas de Escrita Criativa | O que decidir antes de escrever um livro?
    Antes de escrever um livro, você precisa ter um planejamento pronto. Eu já falei sobre isso em um post sobre como organizar o seu livro . Ta...
  • [Indicações de Jogos] Jogos nostálgicos que marcaram a minha infância
      Não é novidade nenhuma que eu amo o mundo dos games , tanto jogos para celular , videogames e PC , por isso, neste post resolvi falar um p...
  • [Dicas de Publicação] O passo a passo para quem deseja publicar um livro
    Após escrever uma história, o(a) autor(a) deseja publicar desesperadamente o seu livro. Hoje, eu trouxe um post explicando o passo a passo, ...
  • [Resenha Dorama] Hidden Love (Amor Oculto)| 偷偷藏不住
      Título: Hidden Love (Amor Oculto) | 偷偷藏不住 Emissora: Youku País: China Ano: 2023 Sinopse: Sang Zhi se apaixona por Duan Jia Xu, um garo...
  • [Resenha Doramas] Love and Redemption | 琉璃
    Título: Love and Redemption | 琉璃 Emissora: TV Youku País: China Ano: 2020 Sinopse:  O líder da Seita Shao Yang hospeda um torneio de arte...
  • [Dicas de Publicação] Como diagramar o seu livro para o Kindle? Imagens e capítulos organizados
    Existe um aplicativo da Amazon chamado Kindle Create , que você pode preparar o seu livros, desde o índice, capítulos e até colocar as image...
  • [Dicas de Publicação] Dicas de diagramação para livros impressos
    A arte gráfica do livro, trata-se de um trabalho editorial mais elaborado. Cada livro pode ter designs diferentes, mas é importante manter a...
  • Indicação de Doramas | Meus Doramas Chineses Favoritos
    Hoje trago para vocês as indicações dos meus doramas chineses favoritos. Comecei a assistir doramas chineses em 2015, mas foi só em 20...
Siga-me no @INSTAGRAM

Criado por Nick Exaltação