[Resenha] A Vida Invisível de Addie LaRue, V. E. Schwab - Uma boa história, mas que não foi significativa para mim

 A Vida Invisível de Addie LaRue Victoria schwab

Livro: A Vida Invisível de Addie LaRue

Autor(a): V. E. Schwab

Editora: Galera Record

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐

Sinopse: Uma vida que ninguém lembra. Um livro que ninguém esquece.

Em A vida invisível de Addie LaRue, o aguardado best-seller de V.E. Schwab, conheça Addie e se perca em sua vida invisível — porém memorável.

França: 1714. Addie LaRue não queria pertencer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.

Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre — apesar de fadada ao esquecimento — até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.

Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz.

Ele enuncia cinco palavras.

Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo:

Eu me lembro de você.

Uma jornada inspirada no mito faustiano sobre busca e perda, eternidade e finitude e, acima de tudo, uma questão: até onde se vai para alcançar a liberdade? Best-seller do The New York Times e recomendado pelo Entertainment Weekly, A vida invisível de Addie LaRue é um livro inesquecível e que colocou V.E. Schwab entre as principais autoras de fantasia da atualidade.

"Para alguém fadada ao esquecimento, Addie LaRue se provou uma personagem deliciosamente inesquecível, e sua história é uma celebração da imortalidade." - Neil Gaiman

"Perfeitamente equilibrada entre escuridão e luz, mito e realidade. Essa história é, ironicamente, inesquecível." - Alix E. Harrow

"A vida invisível de Addie LaRue irá enfeitiçar os leitores da mesma forma que a protagonista é enfeitiçada." - Naomi Novak


“Não quero pertencer a ninguém, senão a mim mesma. Eu quero ser livre. Livre para viver e encontrar meu próprio caminho, para amar ou para ficar sozinha, mas pelo menos é minha escolha, e estou tão cansada de não ter escolhas, com tanto medo dos anos que passam correndo sob meus pés. Não quero morrer como vivi, o que não é vida.”

Resenha:


A Vida Invisível de Addie LaRue é um romance Best Seller da minha querida autora Victoria Schwab. O livro é volume único, e traz um enredo diferente de tudo o que a autora já escreveu.

A história é sobre uma garota chamada Adeline LaRue, que vivia na França no século XVII em um vilarejo chamado Villon. Também conhecida como Addie, ela não se sentia satisfeita com a vida pacata no vilarejo e sempre quis conhecer o mundo. Addie não gosta de se sentir prisioneira das poucas possibilidades que o seu mundo oferece. 

Forçada a se casar ainda jovem, Addie se desespera, foge para a floresta, e reza para os deuses antigos, pedindo que a salve do seu infortúnio. Addie esquece um um dia foi advertida pela sua amiga Estele , a não rezar a noite, para não chamar os deuses da escuridão, pois eles eram traiçoeiros.

Addie reza pela sua liberdade e com uma escolha incorreta de palavras durante a sua oração, ela sela um pacto com o deus da escuridão. Neste pacto, Addie possui a imortalidade, até que não queira mais viver, e então a sua alma será levada por Luc, o deus da escuridão. Só que Addie tinha pedido liberdade, e não queria que ninguém a visse, para que ela fosse livre. Com essa péssima escolha de palavras, ela acaba ganhando a sua tão sonhada liberdade, mas em contrapartida, ela se tornará incapaz de ser lembrada por alguém e de deixar uma marca no mundo. Somente Luc irá se lembrar dela.

Addie procura pela sua família depois da fuga e percebe o preço alto que deve pagar. Nem a sua mãe e nem o seu pai lembram mais dela. Triste e desiludida, ela deixa Villon e tenta reconstruir a sua nova vida. Todos os dias conhece pessoas novas e é esquecida. Não consegue formar laços com mais ninguém e à medida que o tempo passa, Addie percebe as graves consequências daquele pedido, mas ela recusa a se render para a escuridão e lhe dar a sua alma. Mesmo vivendo situações de fome, medo e perda da própria dignidade, Addie sempre pensa que a vida tem muita a oferecer.

A história é intercalada entre o passado e presente de Addie. O livro transita entre os primeiros anos de sua imortalidade no século XVII  e seu presente, trezentos anos depois, em Nova York. No meio disso tudo, Addie conhece Henry, a única pessoa que consegue lembrar dela. Intrigada,  Addie resolve conhecê-lo melhor e eles percebem que tem vários aspectos incomuns em sua vida. Henry também sempre se sentiu invisível, sempre foi ignorado pelos outros. Eles se entendem bem e começam um relacionamento onde aprendem mais sobre si mesmos.

A escrita da Victoria é brilhante e instigante, só que não posso dizer que esse tipo de história me atrai atenção, não gosto muito de histórias que intercalam o passado com o presente, e muito menos com o foco mais em drama. Confesso que li esse livro pela autora, e que por ser um livro da Victoria Schwab, coloquei minhas expectativas lá em cima. E me decepcionei!

Não porque a escrita é ruim, ou porque a história é ruim. Eu esperava algo mais sombrio, pois já estava acostumada com o estilo de escrita sombrio da Victoria em outros livros. Acredito que A Vida Invisível de Addie LaRue não é um livro ruim, mas também não é um livro para mim. Me encontrei várias vezes pensando se estava lendo algo do John Green (Eu não costumo gostar de livros do gênero de drama). Eu não gostei da história como um todo, simplesmente porque esperava algo mais fantasioso, e me deparei com um drama jovem. Mas isso não faz da história ruim, muito pelo contrário. O ponto forte da história é a identificação com os medos e anseios dos personagens principais. Eu só não gosto desse tipo de narrativa.

Acho que o que eu menos gostei no livro, foi o romance entre a Addie e o Henry. Achei muito sem graça, acredito que eles funcionam muito mais como amigos. Mas compreendo que o romance teve o seu propósito na história e fiquei satisfeita com o final do livro. Também não gostei de todos os personagens. Não consegui me identificar nem mesmo com a Addie. 

Luc parece ser um personagem intrigante e relevante na história, gosto do caráter de vilão que ele possui, principalmente sobre o mistério. Se a Schwab seguisse com uma narrativa mais sombria (algo mais parecido com o seu estilo em outros livros), tenho certeza que ela abordaria mais sobre a história mística do Luc. Também senti falta do Realismo Mágico próprio do estilo da autora nesse livro. Mas isso é um sentimento que eu tenho como fã da autora, ela não é obrigada a seguir o mesmo estilo de narrativa sempre.

Enfim, muitos leitores dividem opiniões entre gostar ou não desse livro. Acredito se tratar de um bom livro, mas com uma história e narrativa diferente de tudo o que a autora já escreveu. Minha dica é: desapegue das outras histórias que a Victoria escreveu.

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