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Existe um incômodo que sempre me acompanhou por há anos. Era um silêncio barulhento. Aquela sensação de não estar no lugar certo. 

Demorou para eu entender que esse desconforto não era frescura, nem crise existencial. Era a minha alma querendo respirar. Querendo me lembrar de que eu não fui feita para repetir tudo que me disseram que eu deveria fazer. Com isso, ao longo dos anos me dediquei a quebrar diversas coisas que fazem parte do senso comum, mas que não se aplicavam a minha vida.

Nós crescemos seguindo mapas feitos por outras pessoas — mapas desenhados por mãos que, muitas vezes, também estavam perdidas. Aprendemos a ser fortes antes mesmo de entender o que é sentir dor.

A ouvir “engole o choro”, “não reclama”, “agradece e fica quieto”, e vestimos humildade como se fosse armadura. Escondendo tudo o que é autêntico, como se ser diferente fosse uma falha. E assim, sem nem perceber, a gente começa a pedir desculpas por sonhar alto.

Crescemos acreditamos que os nossos gostos eram errados, que as nossas vontades eram arrogâncias, que nossas ideias eram "viagem demais". Acreditamos que precisávamos pedir desculpas por querer ser mais. Por desejar uma vida mais leve, mais justa, mais... nossa.

Esse texto, esse projeto, esse desabafo — é sobre isso.

Sobre esse grito abafado que mora quietinho dentro de nós.

Sobre essa sensação de estar sempre fora de lugar, até dentro da própria pele.


O ponto de partida: a escassez invisível


Nós não precisamos ter nascido pobre para carregar escassez. Porque a escassez não é sobre dinheiro — é sobre mentalidade. 

Ela se infiltra nas palavras que ouvimos:

"Isso não é para você."

"Aceite a sua realidade."

"Dinheiro só traz infelicidade."

Essas frases parecem conselhos. Mas são algemas mentais.

Elas amarram a nossa vontade, questionam o nosso merecimento e nos fazem sentir vergonha por desejar mais.

Desde nova, eu aprendi que não podia ser alguém e não poderia pertencer nada. Eu precisava ser contida. Me acostumei a viver uma vida onde se limitar virou um sinal de caráter, mas caráter não tem nada a ver com se encolher, tem a ver com autorrespeito, e com os nossos valores.


As feridas que não aparecem no espelho


Tem coisas que nos travam e nem sabemos nomear. Relacionamentos que não dão certo, projetos que param pela metade, decisões que evitamos tomar.

Nem sempre é falta de competência. Às vezes, é só dor antiga. Rejeição, vergonha, abandono...

Essas coisas silenciosas constroem muros invisíveis, e mesmo quando a vida nos oferece coisas boas, nós recuamos, ficamos com medo e nos sabotamos.

Porque lá no fundo, ainda ecoam aquelas vozes:

“Isso é demais para você.”

“Daqui a pouco descobrem que você não merece.”

Esse texto é uma tentativa de olhar para esses muros. E, quem sabe, começar a derrubá-los.


Se colocar no centro não é egoísmo


Aprendi cedo que me colocar no centro era egoísmo, mas hoje, mais velha e com mais certezas, eu entendo que não é. Me colocar no centro é dizer: eu também importo.

É parar de se deixar por último o tempo inteiro e entender que minha dor, meus desejos, minhas escolhas — também contam. E que não dá mais para viver como se eu fosse só uma continuação das expectativas dos outros.


A performance que cansa


Por muito tempo, eu atuei, falei o que esperavam. Fiz o que mandaram e engoli o que doía.

Mas chega uma hora em que até a máscara pesa. A gente começa a negar o que gosta, o que acredita, o que quer, só para se encaixar e não decepcionar as expectativas das outras pessoas. E o que sobra é um vazio que nem sempre sabemos explicar.

Neste espaço, neste blog, nesta conversa comigo mesma e com quem me lê — a proposta não é encontrar respostas prontas, é me permitir perguntar de novo. Me permitir ser contraditória.

Porque, sim, ser quem somos às vezes incomoda os outros. Mas negar isso dói bem mais.


O dinheiro não é o nosso inimigo — é a culpa de querer prosperar


Falar de dinheiro sempre foi desconfortável anteriormente. Como se desejar uma vida próspera fosse sinal de ganância.

Mas não é.

O que machuca não é o dinheiro. É a culpa de querer mais. De desejar conforto. Liberdade. Escolha.

A verdade é que prosperar não é trair suas raízes. É, muitas vezes, a única forma de honrá-las com dignidade.


Não estamos quebrados — estamos em processo de restauração


Se em algum momento você também sentiu que se perdeu de si e perdeu a sua autenticidade, eu te entendo. Eu também já me senti assim.

Aqui no blog, irei iniciar uma série de posts contando sobre a minha trajetória de mudança de vida que venho trilhando há alguns anos, e trarei as minhas descobertas sobre esse processo. 

A intenção dos posts não é trazer fórmulas. Só a minha nova mentalidade que me ajudou a trilhar novos rumos para a minha vida atual.

E talvez, no meio desses posts, você encontre alguns dos seus próprios pensamentos — aqueles que você sempre teve, mas nunca teve espaço para elaborar.

Aqui eu quero falar sobre pobreza, mentalidade de escassez, rejeição, bloqueios, autoaceitação, autenticidade e diversos assuntos que já foram barreiras na minha vida.

Então, se você sente que se perdeu de si, continue me acompanhando nessa trajetória. E eu te digo que a vida, apesar de difícil, ainda pode ser muito boa. 

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Oi, sou Nick!


Oi, sou Nick!

Sou escritora, graduada em Letras e trabalho na área de marketing. Sou muito conectada com a arte e tecnologia desde a infância, além de fã incondicional da cultura asiática e leitora assídua. Aqui no blog, falo sobre escrita criativa, livros, e trago alguns dos meus textos.


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