[Resenha] A Maldição do Vencedor, Marie Rutkoski - Um universo bem construído, mas que peca no clímax


Livro: A Maldição do Vencedor

Série: Trilogia do Vencedor

Autor: Marie Rutkoski

Editora: Plataforma 21

Sinopse: Kestrel quer ser dona do próprio destino. Alistar-se no Exército ou casar-se não fazem parte dos seus planos. Contrariando as vontades do pai - o poderoso general de Valória, reconhecido por liderar batalhas e conquistar outros povos -, a jovem insiste em sua rebeldia. Ironicamente, na busca pela própria liberdade, Kestrel acaba comprando um escravo em um leilão. O valor da compra chega a ser escandaloso, e mal sabe ela que esse ato impensado lhe custará muito mais do que moedas valorianas. O mistério em torno do escravo é hipnotizante. Os olhos de Arin escondem segredos profundos que, aos poucos, começam a emergir, mas há sempre algo que impede Kestrel de tocá-los. Dois povos inimigos, a guerra iminente e uma atração proibida... As origens que separam Kestrel de Arin são as mesmas que os obrigarão a lutarem juntos, mas por razões opostas. A Maldição do Vencedor é um verdadeiro triunfo lírico no universo das narrativas fantásticas. Com sua escrita poderosa, Marie Rutkoski constrói um épico de beleza indômita. Em um mundo dividido entre o desejo e a escolha, o dominador e o dominado, a razão e a emoção, de que lado você permanecerá?

“Ele conhecia a lei das coisas: pessoas em lugares muito iluminados não são capazes de ver nas trevas.”

Os valorianos ocuparam o território Herran e hoje escravizam os povos herranis. Kestrel é uma valoriana, filha do general mais renomado do império de Valória, ela deseja apenas a sua liberdade e não a obrigação de casar ou ir para o exército. 

Nesta sociedade os jovens de 20 anos devem ser casar e procriar, mais por ser filha do general Kestrel é pressionada a ir para o exército, pois a vida inteira foi treinada para isso. Ela consegue auxiliar o seu pai em assuntos estratégicos de guerra e têm diversas habilidades. Kestrel é ambiciosa, rebelde e orgulhosa. Tem uma personalidade peculiar e é bastante elegante. Ela deseja tocar piano o dia todo se possível, sem pensar na guerra ou em casamentos.

Um dia, em um ato irracional, ela compra um escravo herrani em um leilão por um preço escandaloso. O nome do escravo é Arin. Ele é um excelente cantor, mas se recusa a cantar, pois para os valorianos, os herranis utilizam da arte para entretê-los e o orgulho de Arin é maior do que a obediência que ele deve a sua senhora.

A trama desenvolve uma relação de amizade entre os dois, em diversos diálogos eles vão se conhecendo e conhecendo o porquê das suas atitudes. 

Enquanto isso uma rebelião se aproxima e os herranis se reúnem para reconquistar a sua cidade e tomar a sua liberdade a força. 

O maior acerto dessa história são os personagens bem construídos. Eles têm personalidades bastante diferentes de tudo o que eu já li e anseios originais. Gosto também do sistema político e da construção de mundo da história. A história da conquista de Valória sobre os herranis e a revolta são muito bem feitas.

Um ponto fraco do livro é a trama um pouco lenta e o clímax leve, acho que a história da Maldição do Vencedor pede mais ação, mas mesmo não encontrando isso no primeiro livro, ainda tenho altas expectativas para o segundo.

Me conta aí o que achou deste livro nos comentários.

Até a próxima resenha!


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