Por que alguns livros são censurados?

by - janeiro 12, 2021

Livros como Harry Potter foram censurados nos Emirados Árabes, por incentivo a bruxaria. Laranja Mecânica já teve o seu último capítulo censurado nos Estados Unidos. Assim como muitas outras obras que abordam temas sobre governos totalitários e coletivismo (subjugação do indivíduo pelo sistema) são elas: Fahrenheit 451,1984 e Admirável mundo novo.

Antigamente, era “normal” governos censurarem leituras de diversos livros. A internet não era popular e se um governo decidisse impedir a leitura de determinados títulos, ele certamente  poderia. 


O livro As vantagens de ser invisível, foi censurado nos Estados Unidos em 1999, após o seu lançamento, apenas por falar abertamente sobre drogas e homossexualidade.


No sistema polarizado em que vivemos, qualquer um dos lados quer assumir o controle e ditar as regras de consumo dos indivíduos. Proibir a leitura é um ato de violência contra a nossa integridade, nenhuma entidade pode tirar o direito do indivíduo de consumir livros, independente dos seus temas, pois o mesmo é capaz de formar o seu próprio caráter.


Lolita, de Vladimir Nabokov, teve suas cópias apreendidas em 1955, por se tratar de pedofilia e ser considerada pornográfica. Eu ainda não li Lolita e não sei ao certo se a narrativa é de fato pornográfica, ou se o autor queria chocar os leitores com a problemática. O meu pouco conhecimento e estudo sobre literatura me faz entender que a maioria das problemáticas apresentadas em um livro não estão ali por acaso. Basta fazer uma interpretação mais cirúrgica, que você pode encontrar diversas críticas nas entrelinhas. Esse é o principal motivo que um livro é escrito.


Óbvio, também existem livros que atentam contra a ética do ser humano, mas como disse acima, não cabe ao sistema impedir o nosso próprio julgamento. Não cabe a nenhuma entidade, impedir a nossa oportunidade de concluir por nós mesmos o caráter viável ou inviável de uma obra. Isso caracteriza agressão intelectual, pois o sistema conclui que nem todos os indivíduos têm a consciência e poder de julgamento capazes de determinar o que é correto.


Para finalizar, gostaria de dizer a vocês, que não deixem que nenhuma instituição tire o seu direito de pensar por si mesmos. Tanto na vida, quanto na literatura, o caminho é sempre o mesmo: o do aprendizado.


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