[Resenha] Battle Royale, Koushun Takami - Um jogo violento ambientando em um mundo distópico
Livro: Battle Royale
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Sinopse: Battle Royale é um thriller de alta octanagem sobre violência juvenil em um mundo distópico, além de ser um dos best-sellers japoneses e mais polêmico entre os romances. Como parte de um programa implacável pelo governo totalitário, os alunos do nono ano são levados para uma pequena ilha isolada e recebem um mapa, comida e várias armas. Forçados a usarem coleiras especiais, que explodem quando eles quebram uma regra, eles devem lutar entre si por três dias até que apenas um "vencedor" sobreviva. O jogo de eliminação se torna a principal atração televisiva de reality shows. Esse clássico japonês é uma alegoria potente do que significa ser jovem e sobreviver no mundo de hoje. O primeiro romance do jornalista Koushun Takami, tornou-se um filme ainda mais notório pelo diretor de 70 anos de idade, Kinji Fukusaku.
“Ainda estamos fugindo. Isso é certeza. Pode apostar. Desta vez nós vamos. E não vamos parar até vencermos.”
No livro, o Japão, também conhecido como a República da Grande Ásia Oriental, é um país totalitário. Anualmente o governo escolhe uma turma de estudantes, de forma aleatória entre todas as escolas japonesas. Os alunos da turma escolhida, devem ser levados a uma ilha isolada, para jogar o jogo Battle Royale, de vida ou morte, onde somente um único aluno deve sair vivo. Cada um dos jovens recebe uma arma, um kit com poucos suprimentos e a única regra é que todos os alunos terão que se matar, até que reste apenas um campeão. O campeão receberá algum dinheiro e ficará famoso.
O governo totalitário visa controlar a nação por meio desse jogo. As famílias têm medo de perder os seus filhos e ninguém quer ser escolhido para o Battle Royale.
O protagonista é Shuya Nanahara e quando a sua turma de 42 estudantes do nono ano é escolhida, eles estão no meio de uma excursão. Eles desmaiam por conta de uma bomba de gás e ao acordarem, estão em uma sala de aula. Um membro do governo, chamado Kinpatsu Sakamoshi anuncia que a turma está fazendo parte da nova edição do Battle Royale e que já estão em uma ilha e devem lutar uns contra os outros.
Todos estão com uma coleira em seu pescoços e acada momento, um dos setores da ilha se torna proibido e ativa um dispositivo na coleira que pode explodir um estudante.
Shuya não é um garoto violento, mas não quer dizer que os seus colegas são como ele. Alguns parecerem até preparados para cometer atrocidades, mesmo ainda fazendo parte do ensino fundamental.
Jogos Vorazes é bastante semelhante ao Battle Royale, sendo que esse último foi publicado primeiro em 1999. Mesmo com as controvérsias de plágio, as narrativas entre os dois livros são divergentes em diversos pontos e a escrita dos autores também.
Koushun Takami não toca em nenhuma revolta contra o sistema, e trata somente no jogo em si. Battle Royale é bastante violento e há cenas perturbadoras sobre as mortes. São adolescentes de 15 anos que ainda estão na escola e que provavelmente são amigos, que se voltam uns contra os outros. Eles se questionam sobre o jogo a todo o momento e muitos deles corrompem os seus valores pela sobrevivência.
Eu gosto da humanização dos vários personagens e o porque eles querem sobreviver. O autor consegue focar nos objetivos dos 42 alunos.
O livro é bastante rápido, mesmo com tantas páginas. é impossível não ter curiosidade sobre o que vai acontecer. Quando acaba, você quer ler mais sobre aquele mundo. Me senti um pouco injustiçada por focar somente no jogo e falar pouco aa distopia.
Há um filme baseado do no livro e há também os mangás. Ainda não li os mangás, mas assisti ao filme e não gostei muito. O filme é muito rápido e não gosto muito da fotografia. Além das atuações de violência não me agradarem com todo aquele sangue falso e diálogos monótonos.
O livro vale muito a pena, por isso indico!
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