[Resenha] Noragami Volume 1, de Adachitoka - Um mangá repleto do que há de melhor no folclore japonês

by - outubro 22, 2019



Não é de hoje que eu quero fazer essa resenha, estou falando de um dos meus mangás/animes preferidos: Noragami. Esse não é mais um mangá jovem que estamos acostumados a ler. Eu me surpreendi com a carga cultural que eu encontrei e Noragami, principalmente sobre o Xintoísmo. Mais antes que eu comece a resenha, leiam a sinopse.




Sinopse:

Yato é um deus sem-teto. Ele nem sequer tem um santuário, sem mencionar adoradores! Portanto, para atingir seus objetivos ambiciosos, ele criou um serviço para ajudar os necessitados (por uma pequena taxa), esperando que eventualmente arrecade dinheiro suficiente para construir o luxuoso templo de seus sonhos. É claro que ele não pode se dar ao luxo de ser exigente, então Yato aceita todo tipo de trabalho, desde encontrar gatinhos perdidos até ajudar um aluno a superar agressores na escola.


Então, pela sinopse dá para perceber que se trata do tema Divindades Japonesas, o que eu gostei bastante. O deus Yatogami não tem Templo e nem sequer adoradores e por isso ele realiza qualquer milagre para ser reconhecido como um deus no mundo dos humanos (Shigan), e aceita pedidos pelo valor simbólico de 5 yiens.

No mundo dos Kamis (deuses) ser famoso é o que o que mantém um deus vivo por muito tempo, caso as pessoas esqueçam determinada divindade, ele ou ela pode desaparecer. Daí dá para entender um pouco do desespero do Yato.

Um dia, quando Yato estava fazendo o seu trabalho, ele é salvo de um atropelamento por uma colegial, Hyori. A garota sem saber que o deus não pode ser morto daquela forma, é atropelada no lugar dele e passa por uma experiência de quase morte. Desde esse episódio a vida de Hyori fica dividida entre o mundo humano e o espiritual (Shigan e Higan). Ela consegue a habilidade de sair do próprio corpo e enquanto dorme o seu espírito pode vagar para onde quiser. É assim que Hyori se torna amiga de Yato, pois o deus promete ajuda-lá a reverter essa situação.

No desenrolar do anime Yato consegue uma Shinki, o Yukini, que são basicamente espíritos que se transformam em armas ao firmar um contrato espirital. E no decorrer da história conhecemos novas Dividades e suas Shinkis poderosas.

Também existem Shinkis que são chamadas de Noras por firmarem contratos com mais de um deus. Noras são tidas como a escória no Higan, pois o correto é que a Shinki sirva apenas há um deus.

O termo Noragami também significa deus sem-teto. "Nora" do japonês, "vira-lata", "de rua", "sem-teto", e "gami" é a flexão de "kami" que significa "deus".

O mangá em si é repleto de questões morais que intrigam o leitor durante a jornada de Yato, Hyori e Yukini. E o mais fascinante é aprender um pouco sobre o folclore japonês, como os Ayakashis (espectro, espíritos, entidade mística, criatura sobrenatural), os Kamis, o Higan (termo budista para omundo dos mortos), o Shigan (termo budista para o mundo dos vivos) e as Shinkis (instrumentos sagrados usados para adorar os deuses japoneses, no mangá são as ferramentas que os kamis usam para lutar).



Então é isso, espero que tenham gostado da resenha e esperem por muito mais!
Não esqueçam de comentar, é muito importante para o blog e para mim. Até a próxima!

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