Livro: Razão e Sensibilidade
Autor: Jane Austen
Editora: Martin Claret
Sinopse: Após a morte de Henry Dashwood, sua esposa e filhas – a sensata Elinor, a romântica Marianne e a jovem Margaret – veem-se empobrecidas e obrigadas a trocar sua confortável mansão por um pequeno chalé em Barton Park. Enquanto Elinor é controlada e cautelosa, Marianne demonstra abertamente seus sentimentos, recusando-se a adotar a conduta hipócrita que é esperada dela. As irmãs enfrentam grandes desafios em suas vidas amorosas e são forçadas a encontrar o equilíbrio entre razão e emoção antes de conquistarem o verdadeiro amor.
“Às vezes somos guiados pelo que dizemos de nós mesmos e com muita frequência pelo que as outras pessoas dizem de nós, sem que paremos para refletir e julgar.”
Elinor e Marianne Dashwood são irmãs e acabam de perder o pai. O Sr. John Dashwood, irmão mais velho da família e fruto do primeiro casamento dos pai, herda toda a herança. Quando o seu pai estava no leito de morte, ele pediu que o filho mais velho cuidasse das irmãs e da madrasta. John Dashwood até pensou em dar uma pensão generosa as irmãs, mas foi convencido pela esposa a fazer o contrário.
Assim, irmãs Dashwood e sua mãe aceitam a oferta de um primo distante, para morarem em um chalé. Além disso, elas também tem uma irmã mais nova, chamada Margareth, e as quatro mulheres devem viver em condições menores do que sempre foram acostumadas.
Elinor e Marianne têm personalidades muito diferentes. Elinor é a mais velha e a mais racional. Ela sabe analisar bem as situações e resolver os conflitos de toda a família. Elinor é sempre controlada e coloca os outros em primeiro lugar. Já Marianne é totalmente sensível e gosta de expressar sentimentos. Sempre é fiel ao que sente e verdadeira, sem nenhum filtro.
Elinor, conheceu Edward Ferrars há alguns anos atrás e se tornaram amigos, nutrindo sentimentos um pelo outro, mas por causa das suas condições financeiras e objeções da família do rapaz, Elinor não pode estar com ele. Já Marianne se encantou pelo jovem Willoughby. Eles se apaixonaram e pareciam ser o casal perfeito um para o outro, mas assim como a irmã mais velha, houve uma separação.
No decorrer da história, vamos acompanhando as desventuras das duas irmãs Dashwood, tanto no amor, quanto no convívio social.
Essa é uma das minhas histórias favoritas de Austen. Ela consegue criticar a injustiça das divisões de bens, sempre indo parar nas mãos do filho homem e nunca das mulheres. Além de criticar homens que escolhem se casar pelo dote de uma mulher, vendo-a como um objeto e não não como uma futura companheira.
Austen ainda critica o que a sociedade faz com mulheres, trazendo comportamentos não naturais, assim como Elinor, contida, controlada, nunca lutando pelo amor que quer, pois não se achava boa o suficiente por causa da sua condição financeira. E Marienne, que acreditava em paixões exageradas e não conseguia conter os seus escrúpulos. Tudo isso, é reflexo de uma sociedade que categorizava ( e ainda categoriza) as mulheres como ou sérias demais ou sem escrúpulos.
Essa é mais do que uma leitura recomendada!
Espero que tenham gostado da resenha, e até a próxima!