[Resenha] A Rainha Vermelha,Victoria Aveyard - Um história de fantasia e distopia


Livro: A Rainha Vermelha
Autor: Victoria Aveyard
Ano de Publicação: 2015
Editora: Seguinte
Sinopse:O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.



"Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora."

A Rainha Vermelha é o primeiro livro de uma série de agora quatro livros da autora Victoria Aveyard. A história é ambientada numa terra futurista onde a tecnologia convive em harmonia com os aspectos medievais. A sociedade das Terras de Norta é dividida entre as pessoas de sangue prateado, que são como deuses na Terra, possuem poderes sobrenaturais e fazem parte da realeza, e as pessoas de sangue vermelho, que não tem poder algum ou dinheiro e que quando não possuem trabalho, devem servir na guerra. A proposta do livro é apresentada principalmente como o tema central do preconceito e desigualdade das classes divididas através do sangue.

Marre Barrow, a protagonista da historia, mora num vilarejo pobre chamado Palafitas. Ela não possui trabalho e a única coisa que sabe fazer é roubar, que é a forma que encontrou para ajuda sua família que passa por necessidades. Perto de completar 18 anos, Mare se desespera querendo arrumar algum emprego para que seja dispensada de servir a guerra. Depois de conseguir uma oportunidade de trabalhar no palácio, Mare descobre que mesmo sendo uma Vermelha, possui poderes assim como os Prateados, fazendo dela um mistério. Ela é obrigada a fingir ser uma Prateada e conviver na sociedade de nobres que tanto odeia. 

No palácio, Mare descobre uma rede de intrigas e conhece os príncipes Maven e Cal que são herdeiros da coroa e que a ajudam a se adaptar a aquele novo ambiente. Enquanto isso, fora do palácio, uma revolta dos vermelhos contra os prateados, liderados pela Guarda Escarlate, eclode.

O livro une a fantasia e a distopia de uma maneira única e a junção desses dois gêneros é algo fantástico. A história transparece um sentimento de revolta e injustiça em quase todas as cenas. O preconceito para com os Vermelhos é o que conduz o enredo. A protagonista, que já possuía uma revolta dentro de si, foi muito bem desenvolvida e a todo o momento ela se questiona sobre tudo a sua volta.

A sociedade dos prateados é construída com casas nobres, cada casa com um poder especifico. Alguns capítulos são bem corridos e quase sempre o leitor é surpreendido com coisas inesperadas. O romance fica em segundo plano, dando lugar as intrigas políticas e sociais. O final do livro é surpreendente e a autora não só deixa os leitores intrigados para os próximos volumes, como também consegue chocar de uma forma a devastadora.


0 Comments