[Resenha] Joyland, Stephen King - Parque de Diversões, Trem Fantasma e um Serial Killer


Livro: Joyland
Autor: Stephen King
Ano de Publicação: 2015
Editora: Suma das Letras
Sinopse: Um pequeno conselho: não se aventure na roda-gigante em uma noite chuvosa.
Carolina do Norte, 1973. O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer.
Linda Grey foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado — e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença séria.
O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer — e sobre aqueles que sequer tiveram a chance de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais.  


“Não se preocupe com o segundo ato enquanto o primeiro não tiver terminado.”


Resenha: Joyland é um parque de diversões antigo que possui histórias de assombrações, mas diferente de outros parques o fantasma da história só aparece para os funcionários e não para as pessoas que vão se divertir.

Alguns anos atrás, uma garota chamada Linda Grey foi assassinada no Trem Fantasma, um dos brinquedos populares de terror de Joyland. O brinquedo ficou conhecido por ser assombrado por algumas pessoas dizerem terem visto o fantasma de Linda. O caso ficou um pouco famoso na mídia local por se tratar de um crime realizado por um serial killer que cortava o pescoço das suas vítimas nos parques de diversões ou feiras e a polícia jamais conseguiu capturar o culpado.

Devin Jones é o protagonista da história e consegue um emprego de verão em Joyland como um faz tudo, onde imediatamente se habitua ao local. Todos os funcionários dizem que Devin tem alma de parque, pois ele leva jeito para operar os brinquedos e divertir as crianças. Depois que a sua namorada rompe com ele, Devin fica de coração partido e tranca a faculdade para trabalhar em Joyland em tempo integral. Ele começa a se interessar pelo fantasma da garota que assombra o parque e decide embarcar nesse mistério.

Joyland é uma história de mistério policial em que o sobrenatural pode-se dizer ser apenas um pequeno componente na trama. A história fala sobre novos começos e novas perspectivas. Sobre o crescimento e amadurecimento. Devin, um garoto cético, apreende que há mais coisas nesse mundo do que as que podemos ver e após o rompimento do seu primeiro amor ele começa a enxergar o mundo de outra forma.

A maior parte do livro mostra a vida cotidiana dos trabalhadores de parques de diversões. As gírias que King chama de Colóquio (uma linguagem secreta dos parques), os nomes dos brinquedos e os apelidos, tudo isso contribui para enriquecer o enredo e dar ao leitor a sensação de parque de diversão.

As amizades também são um dos aspectos mais importantes do livro. Devin, que conta a história sobre o passado, destaca que ainda mantém contato depois de anos com as pessoas que conheceu em Joyland e a todo momento durante a história, ele demonstra porque aquele período da sua vida foi um dos mais importantes.

Esse não é um dos meus livros favoritos do King, mas tenho que admitir que o mestre o terror sempre me cativa com a sua narração pessoal.

Apesar de o livro ser um pouco “parado”, durante clímax da história, King nos confronta com um final surpreendente que nunca iríamos esperar. Com o horror que é muito pior do que ver o fantasma de Linda Grey.


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