Marvelus Circus, do lúdico ao cruel!

 Marvelus Circus

Quando escrevi "Marvelus Circus", minhas fontes de inspiração foram predominantemente os animes, uma influência óbvia e apaixonante para mim. Sempre fui cativada pelo imaginário lúdico, e obras como "Alice no País das Maravilhas" e "Coraline" exercem um fascínio profundo em minha mente.

É inegável que Tim Burton e Neil Gaiman desempenharam papéis essenciais na elaboração deste livro. Admiro imensamente seus trabalhos e me identifico com a aura sombria que permeia suas criações.

Apesar das influências de Lewis Carroll, R.L. Stine e da obra "O Circo de Horrores" de Darren Shan, busquei imprimir minhas próprias experiências na escolha dos personagens. Cada um deles possui um propósito único na trama.

Embora talvez não seja imediatamente perceptível, todos os personagens enfrentam algum tipo de transtorno mental. Investi tempo significativo em pesquisas psicológicas, e mesmo em uma narrativa breve, inseri detalhes nos diálogos de cada personagem, indicando sutilmente os possíveis transtornos que enfrentam.


Marvelus Circus - Nick Exaltação



"Marvelus Circus" é uma obra que se desdobra em interpretações diversas, moldadas pelas experiências individuais de cada leitor. As nuances do comportamento e das escolhas de Ella, nossa protagonista, podem escapar a alguns, assim como o desfecho da trama pode ser interpretado de maneiras distintas.

A jornada de Ella, que enxerga o mundo através de uma lente singular, transcende a normatividade à qual está habituada. Seu desvio do convencional a conduz ao universo do Marvelus Circus, inicialmente percebido como inofensivo à primeira vista.

É importante ressaltar que não concebi esta narrativa com o propósito de incutir o medo ou o susto no leitor. "Marvelus Circus" é, antes de tudo, uma reflexão sobre a mundanidade de nossas vidas e sobre os limites do que é considerado normal, ou mesmo cruel.

Minhas reflexões sobre a dualidade humana e a propensão ao mal têm sido uma constante em meu pensamento por um longo tempo. Às vezes, indivíduos aparentemente comuns em nossas comunidades, tidos como pessoas de bem à primeira vista, revelam-se de forma diferente ao serem analisados mais profundamente. Alguns desses indivíduos, impulsionados por preconceitos e concepções sobre o que é considerado normal, acabam por provocar estímulos perversos em outros que, por não se enquadrarem nos padrões sociais estabelecidos, são sujeitados a punições e terror psicológico, subvertendo-se à crueldade.

É justificável? De modo algum. Contudo, essa análise requer uma investigação mais aprofundada, especialmente em nossa sociedade contemporânea, que tem feito esforços significativos para quebrar os paradigmas que marginalizam as minorias.

Afinal de contas, o que é normal? Não somos todos um pouco insanos?

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