[Diário de Publicação] Um pouco sobre o mercado editorial brasileiro que conheci em 2016


Antes de entrar para o mundo editorial, eu pensava que tudo era perfeito e sem erros. Eu via a arte como algo integrado a cultura humana e ainda vejo, mas a ideia imatura de perfeição se foi.

Na época  que eu finalmente publiquei um livro, eu conheci a outra face do mundo editorial. Uma face nada glamorosa e intelectual. Onde conheci editoras que diziam que vendiam sonhos, mas na verdade eram golpes.

Onde autores nacionais detonavam uns aos outros para se enaltecer, ao invés de se ajudarem.

Era tudo tão ridículo e eu senti vergonha de fazer parte disso. Pela primeira vez eu tive vergonha de estar no meio literário.

Têm três anos que me afastei do Facebook, e de tudo aquilo que eu não quero mais ver.
Não sei se tenho vontade de ser publicada por uma editora ainda, uma parte de mim quer sim. Mas a outra parte, a parte revolucionária e rebelde, quer lutar desesperadamente contra o sistema e criar algo novo como uma autora independente. Eu quero apoiar os autores e esquecer que aquele mundo editorial que eu conheci existe.
Hoje às coisas parecem um pouco melhores. Vejo alguns autores se unindo e se ajudando. Acho essa mobilização muito bonita.

Talvez tudo mude no futuro. Talvez, nós autores nacionais conseguiremos ter a nossa voz. É nisso que eu coloco as minhas esperanças. 

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