[Resenha Literária] A Máquina do Tempo, H. G. Wells

 A Máquina do Tempo, H. G. Wells

Livro: A Máquina do Tempo

Autor(a): H. G. Wells

Editora: Editora Pandorga

Minha Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

Sinopse: A bordo de sua Máquina do Tempo, o cientista que narra esta história parte do século XIX para o ano de 802701. Nesse futuro distante, ele descobre que o sofrimento da humanidade foi transformado em beleza, felicidade e paz. A Terra é habitada pelos dóceis Eloi, uma espécie que descende dos seres humanos e já formou uma antiga e enorme civilização. Mas os Eloi parecem ter medo do escuro, e têm todos os motivos para isso: em túneis subterrâneos vivem os Morlocks, seus maiores inimigos. Quando a Máquina do Tempo que levou o Viajante some, ele é obrigado a descer às profundezas para recuperá-la e voltar ao presente.

Chamado de gênio e considerado um pioneiro, Wells abriu caminho não só para seus livros e sua visão de mundo, mas para novas possibilidades na literatura.


“Um animal em perfeita harmonia com seu ambiente é um mecanismo perfeito.”


Resenha: 

A Máquina do Tempo, escrito por H.G. Wells, é um clássico da literatura de ficção científica que cativa leitores há mais de um século. Publicado pela primeira vez em 1895, o livro se destaca por sua narrativa envolvente e por explorar a temática do tempo de maneira única. 

O livro conta a história de um cientista inventor e visionário conhecido apenas como Viajante do Tempo. Ele cria uma máquina do tempo e embarca em uma jornada através das eras, desvendando os mistérios do futuro distante. O enredo se desenrola de forma surpreendente, dividindo-se em duas partes distintas. A primeira leva o leitor a um futuro utópico, a humanidade deixou duas espécies posteriores como legado: os Eloi, seres delicados e semelhantes a crianças, e os Morlocks, criaturas subterrâneas temíveis. 

Os Eloi vivem na superfície e tem tudo fácil, eles possuem toda a riqueza e vivem preguiçosamente, sem ter obrigações e estresse. O único medo dos Eloi é a escuridão, que escondem criaturas que eles acreditam que podem os devorar. Os Morlocks, habitantes do subterrâneo vulneráveis à luz, não poupam esforços para sobreviver. Eles são trabalhadores e não são nada frágeis, vivem para trabalhar para os Elois. Nesse contexto, Wells apresenta críticas à sociedade industrializada e às desigualdades sociais.

Os Elois são a representação de uma classe social mais alta, cheia de privilégios e riquezas incontáveis, que se perderam em suas vaidades e preguiças e não sabem ou não tem interesse por nada  que não seja os seus próprios desejos. Os Morlocks representam a classe trabalhadora, distante dos Elois, eles trabalham para saciar a sede dessas criaturas egoístas. Os Morlocks são mais brutos, pois eles carregam o peso de todo o trabalho.

O Viajante observa o futuro com muito interesse, e é no seu ponto de vista que vamos entendendo um pouco mais sobre onde o autor quer chegar com as criticas sociais do livro.

Na segunda parte, o protagonista continua sua jornada e chega a um futuro ainda mais distante, em um cenário pós-apocalíptico. Essa parte do livro aborda questões filosóficas e explora temas como a decadência da humanidade e o fim de todas as coisas.

A escrita de Wells é cativante e habilmente estruturada, o que contribui para a imersão do leitor nessa jornada temporal. Seus detalhes vívidos e descrições cuidadosas dão vida aos ambientes e personagens, proporcionando uma experiência rica em imaginação.

A Máquina do Tempo é um livro que transcende o tempo, conquistando leitores de diferentes gerações com sua mistura única de ficção científica, crítica social e reflexões filosóficas. A habilidade de H.G. Wells em explorar os limites do tempo e criar um mundo imaginário envolvente é notável. Essa obra clássica continua a inspirar e intrigar, convidando-nos a refletir sobre o destino da humanidade e a nossa própria relação com o tempo.

A edição que eu comprei é de um box do H. G. Wells  da Editora Pandorga. O 3 livros tem capas que parecem quadrinhos antigos. Compre essa edição na Amazon.

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